O falso médico Itamberg Oliveira Saldanha, 31, estava trabalhando na ala com pacientes com Covid-19 quando os investigadores chegaram na UPA de Realengo, na zona oeste do Rio. Além de trabalhar, ele chegou a ser vacinado contra a doença. A apuração é do Extra.

Segundo a Polícia Civil, o falso médico pode ter feito mais de 3 mil atendimentos, média de 70 atendimentos por plantão, desde janeiro deste ano. Ele ganhou cerca de 100 mil reais contando os salários. Na investigação, os policiais encontraram um atestado de óbito, assinado por Itamberg.

Itamberg usava um carimbo com os dados do médico Álvaro Pereira de Carvalho. Foi o verdadeiro médico quem procurou a polícia, alegando que seu nome e CRM estavam sendo usados por outra pessoa. Álvaro  descobriu a farsa quando tentou ser imunizado, mas descobriu que seu nome já constava na lista de pessoas que tinham recebido uma dose contra a Covid-19.

Em conversa informal com os policias, Itamberg confessou que não era médico, mas que estudou medicina na Universidade Gama Filho até o 6º período, mas ficou sem dinheiro para concluir os estudos. Ele deve responder pelos crimes de tentativa de estelionato, falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão da medicina.

O Conselho Regional de Medicina informou, por nota, que casos de atuação de falsos médicos devem ser investigados pela polícia.

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