O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio da Secom (Secretaria de Comunicação Social), informou que encontrou os 261 móveis que motivaram, durante a transição de gestão, discordâncias do petista e da primeira-dama Janja da Silva com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

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A nota divulgada pela Secom informa que um relatório apresentado pelo governo Bolsonaro, emitido no dia 4 de janeiro de 2023, concluindo um trabalho iniciado em 18 de novembro de 2022, dizia que os móveis estavam perdidos. “Ou seja, quem não sabia onde estavam os móveis era a gestão anterior, parte deles abandonados em depósitos e sem controle patrimonial”, acrescentou.

Após o ocorrido, o ex-presidente Jair Bolsonaro comentou o caso por meio de uma publicação no X (antigo Twitter). “Todos os móveis estavam no Alvorada. Lula incorreu em falsa acusação de furto”, disse.

Já a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou, por meio de uma publicação no Instagram, que “depois de 14 meses de uma tentativa de ‘assassinato de reputação’, a verdade foi revelada. Uma a uma todas as mentiras levantadas contra nós cairão por terra”.

No comunicado, a Secom destacou que o governo Lula conseguiu localizar os itens, que estavam em diversas dependências diferentes da Presidência da República, não apenas no Alvorada.

“Também não quer dizer que os 261 itens encontrados estavam em condições de uso. O patrimônio adquirido não pertence, assim como todo o patrimônio do Alvorada, a um ou outro presidente, mas sim compõem o patrimônio e mobiliário presidencial”, afirmou.

Relembre o caso

Durante a transição de governo, Lula e a primeira-dama, Janja da Silva, reclamaram das condições nas quais encontraram a residência oficial e apontaram que alguns móveis do patrimônio estavam faltando.

Em 2022, um levantamento da Comissão de Inventário Anual apontou, preliminarmente, que 261 móveis citados não haviam sido localizados. No início do governo Lula, uma nova análise foi realizada e o número de itens desaparecidos diminuiu para 83.

O relatório final da comissão foi concluído em setembro de 2023.