Rio – A partir desta segunda-feira, a SuperVia precisará fazer alterações operacionais em função da necessidade da retirada de 40 trens de circulação por problemas em série detectados nas caixas de tração (engrenagem que transmite energia do motor para eixo e rodas), ainda em fase de garantia de fábrica.
Os trens foram entregues e incluídos na operação da SuperVia entre 2014 e 2016 pelo Governo do Estado, que os comprou do consórcio CRRC, empresa chinesa que já promoveu um recall para corrigir o problema, mas sem resolvê-lo. Com o aumento da frequência das falhas, a SuperVia intensificou as vistorias, o que levou à retirada desses 40 trens de circulação por orientação do próprio fabricante chinês. 
De acordo com a SuperVia, em função dessa situação, e com objetivo de garantir a continuidade da prestação do serviço com segurança, as alterações operacionais necessárias serão: acréscimo nos tempos dos intervalos entre trens dos ramais Japeri e Santa Cruz e no trecho entre Gramacho e Saracuruna; ainda, algumas viagens do ramal Deodoro serão realizadas em trens de quatro carros, em vez de oito carros.
A companhia e o poder concedente (Governo do Estado) estão atuando de forma contundente junto aos fornecedores para que o serviço retorne à normalidade o mais rápido possível. As caixas de tração são fornecidas ao Consórcio CRRC pela Voith, empresa alemã.
Além de acionar o plano de contingência junto ao Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro (COR) e outras concessionárias de transporte, a SuperVia vai reforçar o efetivo de apoio e segurança nas estações e ramais impactados, assim como nos canais de atendimento aos passageiros.
Entenda o caso
A SuperVia enviou comunicados frequentes sobre o fato aos fabricantes desde 2016. Como medida paliativa, as empresas fornecedoras promoveram um recall da peça, mas a solução apresentada não alcançou o resultado esperado e não resolveu o problema. As caixas de tração ainda estão na garantia. A concessionária sempre disponibilizou uma equipe adicional para apoiar os trabalhos de manutenção pelo fornecedor chinês.

Em nota, a SuperVia disse que “lamenta os transtornos e reforça que está mobilizada para adequar a operação da melhor forma, buscando impactar o mínimo possível a rotina dos passageiros. A todo momento, os canais de comunicação da concessionária, nos trens, estações e também na internet, estão informando sobre as condições de circulação de trens. A empresa espera uma solução rápida pelo fornecedor chinês, que permita que o serviço seja normalizado brevemente”.


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