O dólar perdeu terreno em relação ao euro e à libra esterlina na sessão desta quarta-feira, 13, à medida que um comentário do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, sobre inflação e a notícia de que Washington anunciará até sexta-feira os detalhes sobre a tarifação de produtos chineses contiveram o forte impulso recebido pela moeda americana após o Fed elevar as taxas de juros em 0,25 ponto porcentual, para a faixa entre 1,75% e 2,0%.

Perto do horário de fechamento em Nova York, o dólar avançava a 110,37 ienes, enquanto o euro subia a US$ 1,1798 e a libra ascendia a US$ 1,3381. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras seis moedas fortes, teve baixa de 0,09%, para os 93,713 pontos.

Todos os olhares estavam voltados para a decisão de política monetária do Fed e, principalmente, a sinalização do banco central sobre o futuro da trajetória das taxas dos Fed funds. Com a alta de hoje e a formação de uma maioria de dirigentes que veem os juros entre 2,25% e 2,50% ao fim do ano – o que equivale a mais duas altas de 0,25 pp -, a reação inicial do dólar foi de avanço ante rivais.

Mas, em sua coletiva de imprensa, Powell afirmou que o BC está “quase” na meta de inflação de 2%, mas os dirigentes não estão “prontos para declarar vitória”. A soma dessa retórica à notícia de que os EUA divulgarão até sexta-feira os detalhes da lista de produtos importados da China que serão alvo de tarifas pressionou a moeda americana, que virou e passou a registrar recuo em relação a rivais europeus.

Com a reviravolta do dólar, o euro conseguiu pegar embalo ainda na perspectiva de que o Banco Central Europeu (BCE) apresente amanhã, em sua decisão de política monetária, uma visão mais “hawkish”, ou seja, motivada por um controle mais ferrenho da inflação na comparação com a sua postura recente.

Ainda há a decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) na sexta-feira de madrugada.