Como de costume, a Globo divide seu horário da tarde com duas reprises, no Vale a Pena Ver de Novo, a partir de segunda, 29. Primeiro tem os últimos capítulos de Cordel Encantado, em seguida, a volta de um dos grandes sucessos de Manoel Carlos, Por Amor, com a história de Helena (Regina Duarte), mãe de Maria Eduarda (Gabriela Duarte), e que se casa com Atílio (Antonio Fagundes). As duas têm filhos juntas, mas o neto de Helena morre e ela decide trocar as crianças. Sobre Por Amor, o ator Antonio Fagundes respondeu a algumas questões.

O que mais o marcou nessa novela?

Por Amor foi uma novela maravilhosa, muito boa de fazer. E ainda tive o privilégio de fazer esse personagem que entrou para a história da telenovela brasileira como um dos galãs que fizeram mais sucesso com o público feminino e também com as mulheres da novela. Foi bem interessante.

Como foi fazer a cena da revelação da troca das crianças?

Essa novela tem inúmeras cenas impactantes, que mexem com o coração do público. Acho que vem daí o grande sucesso desse trabalho do Manoel Carlos. Ele, que sempre soube fazer a crônica do cotidiano tão bem, aprofundou essa problemática de uma forma muito impactante para o público. Essa cena, logo em um dos primeiros capítulos, mexe com o público e carrega todo o conflito até o fim. Foi uma cena difícil de fazer porque a gente tinha que descobrir o tom exato daquilo, ao mesmo tempo em que lançava o problema da novela, explicando de certa forma o nome da trama, Por Amor.

Acredita que tudo é válido se for por amor?

Não. Acho que é preciso ter limite até no amor. Adoro uma frase do Oscar Wilde que diz que na vida tudo deve ser feito com moderação, inclusive a moderação.

Você seria capaz de perdoar a pessoa amada ao saber de um fato assim tão importante?

Não teria como dizer que não, porque são palavras muito fortes, muito definitivas. Acho que ia depender do momento, do tipo de relação que a gente tivesse, mas é relativo. Não é uma afirmação que eu posso fazer, nem para um lado nem para o outro com certeza absoluta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.