Uma Faculdade de Medicina do Japão, que que dificultava a aprovação de estudantes do sexo feminino nos exames de admissão, foi condenada nesta quinta-feira a pagar indenização a 13 mulheres por discriminação de gênero.

A Universidade Juntendo, em Tóquio, afirmou em 2018 que a iniciativa pretendia “reduzir a diferença com os estudantes do sexo masculino”, porque, segundo a instituição, as estudantes do sexo feminino têm capacidades de comunicação superiores e, em consequência, uma vantagem nas entrevistas em relação aos homens.

De acordo com um porta-voz do tribunal, a universidade terá que indenizar as 13 demandantes. A imprensa local afirma que a instituição terá que pagar no total 8 milhões de ienes (62.000 dólares).

O governo japonês abriu uma investigação há quatro anos, depois que outra instituição, a Universidade de Medicina de Tóquio, admitiu que alterou as notas das candidatas de sexo feminino, atribuindo uma pontuação menor que a correspondente, para que a proporção de alunas continuasse por volta de 30%.

De acordo com a imprensa japonesa, o comitê de seleção alegou que tomava a iniciativa por considerar que muitas mulheres que se formavam médicas abandonavam o trabalho posteriormente para casar e ter filhos.

O ministério da Educação explicou na ocasião que revisou de maneira detalhada os concursos de admissão de 81 universidades públicas e particulares e encontrou procedimentos condenáveis em 10 delas.

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Vários procedimentos judiciais foram iniciados após a publicação do relatório do ministério.


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