SÃO PAULO, 17 MAI (ANSA) – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, disse hoje (17) que a Corte pretende trazer ao Brasil mais de 100 observadores internacionais para acompanhar as eleições de 2022, em outubro.   

A declaração foi dada durante abertura do evento Democracia e Eleições na América Latina, na sede do TSE, em Brasília. Fachin anunciou uma parceria com o professor Daniel Zovatto, do Instituto Internacional para Democracia e Assistência Eleitoral (Idea Internacional), para trazer ao Brasil observadores eleitorais europeus.   

“Nossa meta é ter mais de 100 observadores internacionais durante o processo eleitoral no Brasil”, afirmou.   

O presidente do TSE lembrou casos recentes de ataques a instituições democráticas – como a invasão ao Capitólio, nos EUA e ataques a autoridades eleitorais no México, Peru e Equador – e afirmou que o Brasil deve considerar esses episódios como um alerta do que não pode ser tolerado.   

Segundo Fachin, foram convidados a acompanhar a disputa no Brasil a Organização dos Estados Americanos (OEA); Parlamento do Mercosul; Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP); União Interamericana de Organismos Eleitorais (UNIORE); Centro Carter; Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES); e a Rede Mundial de Justiça Eleitoral.   

O ministro explicou que a decisão tem como objetivo “garantir a vinda ao Brasil, antes e durante as eleições, não apenas dos organismos que já mencionamos, mas de diversas autoridades europeias e de outros continentes que tenham interesse em acompanhar de perto o processo eleitoral brasileiro de outubro próximo”.   

Para ele, o que ocorre no Brasil serve como vitrine para a comunidade global, e o país tem obrigação de mostrar que não aceita mais aventuras autoritárias.   

Fachin disse ainda que o Brasil não está alheio ao que acontece em outros países, e que o acontece aqui também exerce influência nos rumos internacionais.   

“Somos hoje uma vitrine para os analistas internacionais, e cabe à sociedade brasileira garantir que levaremos aos nossos vizinhos uma mensagem de estabilidade, de paz e de segurança, e que o Brasil não mais aquiesce a aventuras autoritárias”, concluiu. (ANSA-Com Agência Brasil) (ANSA).