O Facebook anunciou, nesta quarta-feira, que proibirá a exaltação e o apoio ao supremacismo branco e ao separatismo nesta rede social, no âmbito de sua campanha de combate ao discurso de ódio.

“Está claro que estes conceitos estão profundamente vinculados aos grupos de ódio organizados e não têm cabimento em nossos serviços”, disse a empresa.

A nova proibição não será aplicada em caso de manifestações de orgulho americano ou do separatismo basco, por exemplo, por serem consideradas “uma parte importante da identidade das pessoas”.

A restrição funcionará a partir da próxima semana no Facebook e em sua subsidiária Instagram.

As políticas do Facebook já proibiam as publicações que se refiram de forma discriminatória às pessoas devido a sua raça, origem étnica ou religião.

Mas essa proibição prévia não foi aplicada a algumas publicações que o Facebook considerou conceitos de nacionalismo ou independência política mais amplos.

A companhia manteve conversas com acadêmicos e “membros da sociedade civil” nos últimos meses que, indicou, a levaram a ver o vínculo do supremacismo branco e do separatismo com grupos de ódio organizados.

“Ainda que as pessoas poderão continuar demonstrando orgulho por sua herança étnica, não toleraremos elogios nem o apoio ao supremacismo branco e ao separatismo”, indicou.

As pessoas que fizerem buscas com termos associados ao supremacismo branco obterão resultados que as enviarão a fontes como Life After Hate, uma organização que ajuda as pessoas a abandonarem esse tipo de grupos.

Pressionado por governos do mundo todo, nos últimos anos o Facebook incrementou o uso de ferramentas de inteligência artificial para encontrar e eliminar publicações que contêm discursos de ódio, enquanto tenta respeitar a liberdade de expressão.

“Infelizmente, sempre haverá gente que tentará utilizar nossos sistemas para propagar o ódio”, disse o Facebook.

“Nosso desafio é continuar avançando para melhorar nossas tecnologias, desenvolver nossas políticas e trabalhar com especialistas que possam reforçar nossos próprios esforços”.