O Facebook anunciou, nesta quarta-feira (14), a exclusão da página do movimento britânico de extrema direita Britain First, conhecido porque alguns de seus tuítes foram reproduzidos por Donald Trump e por sua publicação de comentários contra as minorias.

Em nota, a rede social indicou ter fechado – com “efeito imediato” – não apenas a página do movimento, como também as dos líderes do grupo, Jayda Fransen e Paul Golding.

No comunicado, o Facebook diz ser uma plataforma aberta a todas as ideias, incluindo as políticas, mas estas “podem e devem ser expressas sem ódio”.

A rede suprime regularmente comentários e, às vezes, páginas inteiras. Recentemente, fechou a página do monge Wirathu, em Mianmar, que fez alusão a um complô muçulmano com o objetivo de erradicar o budismo.

Junto com outras redes sociais, o Facebook assinou um “código de conduta” elaborado pela Comissão Europeia para lutar contra expressões de ódio ilegais online.

Essa decisão a respeito da Britain First surge depois de um tribunal britânico ter condenado em 7 de março os dois dirigentes do grupo a penas de prisão de 36 e 18 semanas, por assédio com conotação religiosa.

Os fatos aconteceram em maio de 2017 em Kent (sudeste da Inglaterra). Jayda Fransen, de 31, e Paul Golding, de 36, foram acusados de divulgar vídeos e panfletos após um processo, no qual três muçulmanos foram condenados por estupro.

Jayda Fransen e seu movimento adquiriram certa fama no final de 2017, quando o presidente Trump retuitou vídeos islamofóbicos que haviam publicado em sua conta no Twitter.

Trump se desculpou depois, após gerar uma onda de indignação no Reino Unido.

Britain First, um grupo nanico de extrema direita, apresenta-se como um “partido político patriótico” em “guerra contra o Islã”.