O Facebook está sendo acusado de racismo após apagar fotos históricas de um grupo que publica imagens de arquivo de povos originários de Papua-Nova Guiné.

Segundo os administradores do grupo, que conta com mais de 55 mil membros, a rede social excluiu imagens mostrando roupas ou cerimônias tradicionais, alegando que os conteúdos continham nudez. Porém, os mesmos registros publicados, só que com pessoas brancas, não foram deletados.

Com a ação, os administradores pediram que o Facebook reconsidere seus padrões de comunidade. O objetivo é que os usuários postem fotos históricas e seus respectivos contextos, a fim de valorizar a história do país.

Os usuários vem se queixando de censura por parte da rede social, acusando o Facebook de deletar algumas das fotos postadas, além de proibir alguns usuários de postar. Arthur Smedley, um dos administradores, classificou a política da rede de Mark Zuckerberg como “ridícula”, após um de seus amigos, Peter Tate, ter sido banido por publicar uma imagem de um grupo de homens com o peito nu e sem cobertura na parte superior de seus corpos.

“Para mim, isso significaria para nós que seríamos proibidos de postar imagens de homens indo à praia durante o verão”, comentou Arthur, em entrevista ao jornal britânico The Guardian. “Alguns usuários disseram que consideraram essas proibições discriminatórias e racistas, que se posicionam contra as atividades culturais tradicionais”, acrescentou.

“Dá para ver como racismo uma empresa americana estar discriminando esse grupo de pessoas, dizendo que essas fotos estão proibidas de nosso grupo”, disse Smedley.

Em resposta à acusação, um porta-voz da rede social afirmou que as fotos foram apagadas por um erro e serão restauradas. “As fotos deste grupo foram removidas por engano por um sistema automatizado, mas agora foram restauradas. Pedimos desculpas por esse erro”, declarou.