O sorteio das chaves de Wimbledon realizado nesta sexta-feira colocou certo equilíbrio entre os homens, mas deixou Rafael Nadal com caminho um pouco mais árduo. Em tese. Tese porque os difíceis adversários precisam confirmar assim como o próprio Nadal.

No feminino, Beatriz Haddad Maia escapou das principais concorrentes e tem uma vida (em tese!) mais tranquila para ir até numa eventual quartas de final.

Falando dos homens. Djokovic poderia ter algum problema somente com Kokkinakis, mas o australiano não vem em sua melhor fase. Nas oitavas o americano Opelka e seu saque podem incomodar, mas igual ele não está confiante e pode nem chegar. O holandês Rijtovhen foi campeão em Hertogenbosch assombrando a todos, mas em um Grand Slam com cinco sets será algo inédito, então portanto não se aposta muito que alcance uma quarta rodada.

Andy Murray poderia ser o rival mais duro nas quartas, mas a questão física pesa. O escocês não vem aguentando jogos duros em sequência, sofreu com o abdômen após a final de Stuttgart e nem jogou em Queen´s. É uma incógnita se vai chegar e tem o John Isner pela frente na segunda rodada. Carlos Alcaraz é possível rival, mas as dores no cotovelo e os resultados no pré-torneio não vem animando para um bom desempenho no All England Club.

Nadal, por sua vez, pegou uma boa primeira rodada, um rival que dará ritmo , mas pode ter muitos problemas a seguir com Sam Querrey na segunda fase. Mesmo não estando na melhor forma, o saque do americano é muito perigoso, já tirou Djokovic do Slam britânico uma vez numa terceira rodada. Kudla ou Popyrin na terceira rodada seriam possíveis pedras no sapato, o australiano saca bem e o americano joga bem na superfície. Marin Cilic nas oitavas outra pedreira. Vice em Wimbledon em 2017, com título em Queen´s na bagagem e vem de semi em Rolanjd Garros, ou seja, está confiante. Um Fritz ou Aliassime em uma possível quartas de final .O canadense bateu Nadal em Hurlingham nesta sexta em exibição e fez quartas ano passado em Londres e Fritz vem de título em Eastbourne. E a semi esperada contra Matteo Berrettini que venceu 20 dos últimos 21 jogos na grama, só perdendo de Nole na final de Wimbledon ano passado. Resta saber como o italiano irá lidar com a defesa do troféu do ano passado e as expectativas. O caminho de Berrettini é interessante até as quartas de final onde pode ter problemas.

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E Bia Maia ?

Caminho bem interessante onde ela pode sim sonhar em ir longe, muito longe.

Só perdeu para Petra Kvitova que agora tem cinco títulos na grama em cinco finais, dois deles em Wimbledon. Duas primeiras rodadas bem acessíveis em princípio. Na terceira rodada Belinda Bencic é muito perigosa, mas a lesão contraída em Berlim pode dificultar até sua chegada nesta fase. Bia já perdeu dela. Passando desta fase, Bia vai para a segunda semana onde teria a estoniana Anett Kontaveit, segunda do mundo, mas que vem de sequência de derrotas e não gosta nada da grama. Provável até que ela nem chegue uma vez que Tsurenko, Kalinina e Burrage estão em fase melhor na superfície. Nas quartas de final, Ostapenko e Sakkari são rivais duras, mas acessíveis para a brasileira e na semi quem mete mais medo é o jogo diferente do usual de Ons Jabeur ou a experiência de Angelique Kerber.

Bia escapou de rivais como Iga Swiatek que tem 35 vitórias seguidas, Serena Williams que é multicampeã no torneio, a própria Kvitova.

Resta controlar suas emoções, focar e manter a confiança. Não se distrair com que um Grand Slam oferece a um jogador na parte mental.


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