Fabricantes de automóveis lutam para manter produção em meio a lockdown em Xangai

Fabricantes de automóveis lutam para manter produção em meio a lockdown em Xangai

Por Zhang Yan e Norihiko Shirouzu

XANGAI (Reuters) – O lockdown imposto na cidade chinesa de Xangai chacoalhou a produção de automóveis na terça-feira, quando mais fornecedores tiveram que fechar fábricas para cumprir as medidas contra a Covid-19.

Uma joint venture da General Motors em Xangai manteve a produção pedindo aos trabalhadores que dormissem no chão da fábrica e obtendo autorizações para os caminhões continuarem as entregas, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto.

Uma importante fornecedora do setor, a Aptiv disse aos trabalhadores para voltar para casa na terça-feira devido à necessidade de aplicar as medidas sanitárias, disseram pessoas a par do assunto. A instalação supre as fábricas da Tesla e da joint venture da GM.

A Thyssenkrupp disse que fechou uma instalação em Xangai onde monta linhas de produção de componentes automotivos, incluindo powertrains e baterias, até 6 de abril para cumprir os regulamentos locais.

Os fechamentos da Aptiv e da Thyssenkrupp ocorreram no segundo dia de um lockdown em Xangai, lar de 26 milhões de pessoas e um importante centro de fabricação de veículos e outros bens.

As restrições forçaram montadoras e fornecedores a tentar se adaptar com medidas extremas para manter as fábricas funcionando ou fechar e arriscar o atraso de entregas em um momento em que a demanda por veículos é intensa.

A fornecedora de peças alemã Bosch disse na terça-feira que as duas fábricas da companhia em Xangai estão trabalhando com pessoal reduzido.

A GM, que na segunda-feira disse que a joint venture em Xangai estava produzindo normalmente, recusou-se a comentar sobre os acordos na fábrica.

Um porta-voz disse que a empresa e as joint ventures desenvolveram e estão executando planos de contingência com fornecedores para mitigar as incertezas relacionadas à Covid-19.

(Por Zhang Yan e Norihiko Shirouzu; reportagem adicional de Christoph Steitz e Ilona Wissenbach, em Frankfurt, redação de Brenda Goh)

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