A fabricante de armas Remington chegou a um acordo para indenizar as famílias das vítimas do massacre de Sandy Hook em 2012, indicam documentos judiciais divulgados nesta terça-feira (15).

“Os demandantes desta ação informam que um acordo por danos e prejuízos foi concluído entre as partes”, diz o documento apresentado pelos familiares das vítimas. Segundo a imprensa, o acordo implica o pagamento de 73 milhões de dólares.

As famílias processaram a Remington e sua filial Bushmanter por vender, conscientemente, uma versão do fuzil semiautomático AR-15, de uso militar, “extremamente inadequada” para uso civil.

Um desses fuzis foi utilizado por Adam Lanza para matar 26 pessoas, entre elas 20 crianças, em 14 de dezembro de 2021 na escola em Sandy Hook, no estado de Connecticuct.

Essa arma também foi utilizada nos tiroteios de Las Vegas, que deixou 86 mortos em 2017, e no de Parkland, Flórida, em 2018, com saldo de 17 mortos.

Em março de 2019, a Suprema Corte de Connecticut determinou que a companhia Remington poderia ser processada para determinar se sua publicidade sobre o fuzil teria responsabilidade nos tiroteios que deixaram um grande número de vítimas.

Em uma audiência em novembro de 2017, o advogado dos familiares Joshua Koskoff se baseou fundamentalmente no marketing da Bushmaster que, na sua opinião, apresentava o fuzil como uma arma de assalto.

“Essa arma não era promovida pare o esporte ou a autodefesa”, afirmou na época o advogado.