O laboratório americano Gilead abriu mão da patente sobre o antiviral remdesivir para facilitar seu acesso em 127 países, no entanto, o Brasil ficou de fora da lista. O medicamento tem apresentado resultados moderadamente positivos no tratamento contra a Covid-19. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

A ideia da empresa é facilitar o acesso e a diminuição do preço do medicamento nos locais contemplados. As empresas que assinaram o acordo com o laboratório são Cipla, Ferozsons, Hetero, Jubilant e Mylan. Elas poderão fixar o valor do produto genérico para venda nos países em que atuarem, a maioria nações pobres de América Latina, Ásia e África.

Segundo a Folha, a lista também inclui alguns países de renda média, potências regionais e Estados emergentes, como África do Sul, Egito, Nigéria, Índia, Indonésia, Paquistão, Tailândia e Ucrânia. Países ricos ficaram de fora. Na América do Sul, apenas Guiana e Suriname foram incluídos.

Segundo Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o uso do remdesivir ainda não é permitido no Brasil. No último dia 6, houve uma primeira reunião com a Gilead para discutir a comercialização do antiviral no mercado brasileiro.

“A Gilead tem vários ensaios clínicos em andamento para o remdesivir, com dados iniciais esperados nas próximas semanas. Caso o benefício do medicamento se comprove, a Anvisa possui mecanismos para garantir o acesso célere do medicamento à população”, afirmou a agência em nota.