Os tempos de isolamento social, em meio à pandemia do novo coronavírus, tem sido de aprendizados e autoconhecimento para Fabio Assunção. O ator está passando o período de quarentena em sua casa no Rio de Janeiro, e em entrevista ao GShow refletiu sobre as mudanças em sua vida.

“Tem sido um momento de muito aprendizado, onde eu percebo uma mudança no mundo, observo a natureza se impondo e colocando seus limites e, também, uma transformação em mim, uma mudança que corresponde a isso que está acontecendo no mundo. Me sinto no fluxo dessas mudanças”, disse.

No bate-papo, ele fala também que tem aproveitado este período para procurar se conhecer mais através de atividades que gosta e sente mais prazer. Entre essas atividades estão: aulas de iorubá (língua nígero-congolesa), de inglês e de italiano.

“A rotina me leva mais para o lado de conhecimento. Então a subjetividade da língua iorubá me traz ensinamentos. Começar uma nova língua como italiano simplesmente pelo prazer é como eu voltasse à infância. É como se começasse uma língua do zero e isso me mostra as dificuldades de um aprendizado e os desafios que esse aprendizado tem. Estou me colocando nesse desafio sem me preocupar com qual será a consequência disso. Isso tem sido importante. E as aulas de inglês, não são só por conhecimento, mas para me aperfeiçoar e poder ampliar a minha comunicação, tanto no campo profissional quanto no pessoal”, conta.

Por fim, Assunção também comentou sobre o engajamento ao movimento antirrascista Vidas Negras Importam, que tomou conta das redes sociais no início do mês passado. Na época, ele cedeu seu Instagram para a cantora Preta Ferreira em prol do coletivo.

“Acho que o momento do Coronavírus bota um fim a um mundo velho, que está fadado a não funcionar mais dessa maneira. Da mesma forma que a natureza se impõe com terremotos, nuvens de gafanhotos, nuvens de areia, ela está se colocando e pontuando um fim de capítulo, nos dando oportunidade de começar uma nova história. Nessa nova história, acho que as pessoas funcionarão melhores e mais fortes no coletivo”, afirmou.