F1 confirma que todas as equipes firmaram Pacto de Concórdia

ROMA, 19 AGO (ANSA) – A Fórmula 1 confirmou nesta quarta-feira (19) que todas as 10 equipes da categoria firmaram o Pacto de Concórdia, o documento que estabelece as regras esportivas e financeiras e que define a governança da categoria, válido até 2025.   

Oficialmente, até esta terça-feira (18), apenas Ferrari, Williams e McLaren tinham anunciado formalmente sua adesão ao documento. Mas, agora, a categoria confirma que as sete demais também assinaram o pacto.   

“O acordo garantirá o futuro sustentável a longo prazo da Fórmula 1 e, combinado com as novas regulamentações, anunciadas em outubro de 2019 e que serão implementadas em 2022, irá reduzir as disparidades financeiras e nas pistas entre os times, ajudando a nivelar o campo de jogo, criando corridas mais próximas na pista que nossos fãs querem ver mais”, diz o comunicado oficial.   

Na nota, o CEO da Liberty Media, dona da F1, Chase Carey, lembrou as incertezas ventiladas nos últimos meses sobre a adesão de todos os times ao documento, mas disse que desde o começo do ano a empresa informou que “por conta da natureza fluida da pandemia” do novo coronavírus (Sars-CoV-2), “o Pacto da Concórdia precisaria de mais tempo”.   

“Todos os nossos fãs querem ver corridas mais acirradas, ações roda com roda e com todas as equipes podendo brigar pelo pódio.   

O novo Pacto da Concórdia, ao lado dos regulamentos para 2022, define os pontos fundamentais para transformar isso em realidade e criar um ambiente que é tanto financeiramente mais justo como ajuda a aproximar equipes”, acrescentou Carey.   

No entanto, as negociações não foram fáceis. A Mercedes, por exemplo, ameaçou não assinar o documento por não estar de acordo com algumas cláusulas do novo Pacto da Concórdia, especialmente, no que tange a divisão de valores financeiros. Outra que ameaçou sair da categoria foi a Haas.   

Em vigor desde o início da década de 1980, o acordo é renovado regularmente ao longo dos anos e essa é a primeira vez que essa renovação ocorre sob a tutela da Liberty. O último Pacto havia sido assinado em 2017, ainda sob o comando de Bernie Ecclestone.   

Também a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) é signatária do documento, mesmo que não intervenha na formulação de suas disposições. (ANSA).