‘Extremamente brandas’: Palmeiras reclama de punições ao Cerro após caso de racismo

Partida entre Palmeiras e Cerro Porteño-PAR, válida pela segunda rodada da primeira fase da CONMEBOL Libertadores Sub-20, no estádio Gunther Voge, em Asunción-PAR
Partida entre Palmeiras e Cerro Porteño-PAR, válida pela segunda rodada da primeira fase da CONMEBOL Libertadores Sub-20, no estádio Gunther Voge, em Asunción-PAR Foto: Fabio Menotti/Palmeiras

O Palmeiras emitiu comunicado nas redes sociais do clube, na tarde deste domingo, 9, criticando as punições impostas pela Conmebol ao Cerro Porteño, após o caso de racismo contra o atacante alviverde Luighi.

O clube alegou que houve “conivência das entidades” e “acionará as entidades máximas do futebol mundial”, após a decisão.

Ainda em nota oficial, o time afirmou que as penas são “inócuas” e “insuficientes” para combater casos de racismo no esporte, mas apoiou a campanha de combate ao racismo que o Cerro precisará fazer em suas redes sociais.

“As sanções ao Cerro Porteño, em vez de servirem ao propósito de coibir um problema seríssimo, na prática, demonstram a conivência das entidades com um crime que vem se repetindo incessantemente, bem como a falência de um sistema penal incapaz de punir com o rigor necessário os crimes de racismo cometidos dentro de campo e nas arquibancadas”, dizia trecho da nota oficial.

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O Alviverde destacou ainda que “as lágrimas de Luighi não serão em vão”.

Ao todo, o Cerro terá que pagar uma multa de US$ 50 mil (cerca de R$ 288,4 mil) à Conmebol e jogará com portões fechados. O time paraguaio pode entrar com recurso.

A Conmebol também puniu o técnico Jorge Achucarro, do Cerro Porteño, com dois jogos de suspensão. Esta decisão, no entanto, não cabe recurso.

Veja o texto na íntegra:

“A Sociedade Esportiva Palmeiras discorda com veemência das punições extremamente brandas aplicadas pela CONMEBOL ao Cerro Porteño-PAR em razão dos ataques racistas sofridos por nossos atletas em jogo disputado pela Libertadores Sub-20, na quinta-feira (6), em Assunção, no Paraguai.

Com exceção da medida educativa adotada (campanha antirracista nas redes sociais do clube infrator), tratam-se de penas inócuas diante da gravidade dos fatos ocorridos e, portanto, insuficientes para combater os reiterados casos de discriminação racial no futebol sul-americano.

As sanções ao Cerro Porteño, em vez de servirem ao propósito de coibir um problema seríssimo, na prática demonstram a conivência das entidades com um crime que vem se repetindo incessantemente, bem como a falência de um sistema penal incapaz de punir com o rigor necessário os crimes de racismo cometidos dentro de campo e nas arquibancadas.

O Palmeiras reitera que acionará as entidades máximas do futebol mundial e levará o episódio às últimas instâncias para que o futebol sul-americano possa, enfim, tornar-se um ambiente de tolerância zero ao racismo.

As lágrimas do atacante Luighi não serão em vão!”

Confira a postagem abaixo: