NOVA YORK, 12 AGO (ANSA) – Centenas de manifestantes nacionalistas e supremacistas brancos estão reunidos desde a noite desta sexta-feira (11) na cidade universitária de Charlottesville, no Estado norte-americano da Vírginia, para protestarem em um ato contra negros, imigrantes, gays e judeus.   

O grupo iniciou o ato por ser contra a remoção de uma estátua de um general das forças da Confederação. O protesto foi descrito pelos participantes como um aquecimento para o evento “Unir a Direita”, que acontece neste sábado (12) e promete reunir mais de mil pessoas, , incluindo líderes de grupos associados à extrema-direita do país para participarem da manifestação.   

Durante o protesto, os militantes portaram tochas, fizeram saudações nazistas e gritaram palavras de ordem contra negros, imigrantes, homossexuais e judeus. “Vocês não vão nos substituir”, em referência a imigrantes; “Vidas Brancas importam”, em contraposição ao movimento negro Black Lives Matter; e “Morte aos Antifas”, abreviação de “antifascistas”, como são conhecidos os grupos que se opõem a protestos neonazistas.   

Em comunicado no Twitter, o governo definiu o confronto como uma “eminente guerra civil”. De acordo com as autoridades locais, as tensões são altas e ao menos duas pessoas ficaram feridas durante o ato. Alguns militantes foram detidos.   

Hoje, o governo local declarou estado de emergência na região.   

Segundo o presidente da Câmara local, Mike Signer, a manifestação é racista, “uma parada covarde de ódio, preconceito, racismo e intolerância”. (ANSA)