Uma embarcação de 40 metros, o C-Star, fretada por ativistas de extrema direita, estava a caminho do Mediterrâneo para lutar contra a imigração ilegal ao longo da costa da Líbia – anunciaram os organizadores da operação nesta terça-feira (11).

A operação “Defend Europe” (Defendendo a Europa) é conduzida pela rede europeia Generation Identitaire (GI).

Graças a uma campanha de coleta de fundos lançada em meados de maio na Internet, e apesar de uma campanha de oposição que forçou o serviço de pagamento on-line Paypal a congelar sua conta, os ativistas levantaram mais de 87.000 dólares (76.000 euros) com cerca de mil doadores.

Esses recursos foram usados para alugar o C-Star e sua tripulação. O navio partiu de Djibuti na semana passada e deve cruzar na quinta-feira (13) o Canal de Suez. Militantes embarcam em Catânia, na Sicília, na próxima semana, antes de a embarcação alcançar a costa líbia.

O objetivo é “mostrar a verdadeira face das ONGs que se dizem humanitárias, sua colaboração com a máfia dos contrabandistas e as consequências mortais de suas atividades no mar”, explica Clement Galant, em um vídeo nas redes sociais.

“Durante nossa missão, quando cruzarmos com barcos cheios de imigrantes ilegais, vamos chamar a Guarda Costeira líbia para que eles possam vir resgatá-los”, acrescentou.

A expectativa do grupo é que os imigrantes sejam reconduzidos para esse país do norte da África.

Para a Guarda Costeira italiana, a Líbia não oferece um “porto seguro” no que diz respeito ao Direito Marítimo e, nesse sentido, seus agentes organizam a transferência – para a Itália – dos migrantes socorridos em tarefas sob sua coordenação.