O governo da Nicarágua decidiu expulsar o embaixador brasileiro no país, Breno Souza da Costa, em retaliação à ausência da diplomacia brasileira no evento de celebração dos 45 anos da Revolução Sandinista, ocorrido em 19 de julho.

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Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) do governo federal decidiu agir pelo princípio da reciprocidade, e expulsou Fulvia Patricia Castro Matu, representante da diplomacia nicaraguense no Brasil.

Relação estremecida

A relação amigável entre os países começou a ruir em janeiro deste ano. À época, Lula (PT) agia para liberar Rolando José Alvarez, bispo brasileiro que estava sendo perseguido pelo governo nicaraguense. O apelo do chefe do Executivo brasileiro foi ignorado por Ortega, presidente da Nicarágua, que não aceitou nem o telefonema do petista.

O comportamento de Ortega levou o Brasil a ‘congelar’ as relações diplomáticas com o país, em retaliação à prisão de padres e bispos brasileiros. A gota d’água para a Nicarágua foi a ausência da diplomacia brasileira.

O governo da Nicarágua ainda não se manifestou a respeito da expulsão do diplomata brasileiro, mas a informação foi confirmada pelo Itamaraty. Segundo a pasta, Breno deixará o país ainda nesta quinta-feira, e Fulvia também será informada da sua expulsão ainda hoje.