A multiartista brasileira Viviane Fuentes, radicada na França há 13 anos, inaugura em Paris a exposição “Autre Moi”, na Galerie au Médicis, em Saint-Germain-des-Prés, com curadoria de Inhwa Jeon.
“Autre moi” (Outro ego) apresenta cinco criações de Viviane Fuentes. São obras em acrílica em que ela recria a atmosfera para lá de pop da icônica boate nova-iorquina Studio 54, a preferida de Andy Warhol. Grace Jones, Madonna, Mick Jagger, habitués da casa noturna de Manhattan, são transformados em “quimeras 54 barroco-pop”, retratadas em universos nonsense com molduras Louis XIV.
Nas telas em acrílica, a cabeça de Madonna é ornada com falsas mechas de cabelo, serpentes na boca e sua coluna vertebral é como uma abóbada de igreja gótica. Grace Jones à la Maria Antonieta faz a festa no quarto do Dauphin, no Palácio de Versalhes, enquanto Mick Jagger flutua borbulhante e cibernético.
Uma das obras é inédita: “Une Couronne Pour Basquiat”. Nesse caso, a artista renovou e customizou duas molduras, a “coroa” para o retrato de um de seus artistas contemporâneos preferidos. Frente e verso, essa obra, segundo Viviane, é um objeto de arte que faz uma homenagem ao célebre artista nova-iorquino.
Algumas dessas obras vão integrar também a exposição individual, “Mona Lisa et les Bananes” , com vernissage em 2 de dezembro, na sala de exposições “Séchoir à Peaux”, no belo Vale de Chevreuse, em que uma Mona Lisa negra – e uma penca de bananas! – vai posar ao lado de David Bowie, por exemplo.
A propósito, “Mona Lisa et les Bananes” é uma exposição “matrioska”, ou seja, ela se desdobra em duas exposições integradas à mostra principal: “bananas desviadas” e “quimeras 54 barroco-pop” – que traz os retratos de celebridades que frequentavam o Studio 54.
Ainda em novembro, Viviane Fuentes mostra seu trabalho em uma colaboração artística no atelier de chocolate do renomado maître pâtissier chocolatier francês Régis Bouet, em Marcoussis. Ali, os charmosos quadros da coleção “J’ai la banane” vão embelezar ainda mais este atelier intimista, com aroma de cacau.
Ou seja, são três oportunidades de conferir o trabalho de Viviane Fuentes, que vem ganhando cada vez mais destaque no cenário parisiense.
“Viviane Fuentes alcançou algo que poucos artistas conseguem: uma identidade. Quando você olha o conjunto do seu trabalho de artes plásticas, vê uma assinatura, uma unidade. É como se você enxergasse o DNA da Viviane”, diz o cartunista Adão Iturrusgarai.
Para o público brasileiro que quiser acompanhar as exposições, Viviane Fuentes vai fazer três transmissões ao vivo no seu Instagram @veepthearts
