27/09/2022 - 15:04
PARIS (Reuters) – As exportações de trigo soft da União Europeia na temporada 2022/23, iniciada em 1º de julho, atingiram 8,80 milhões de toneladas em 25 de setembro, mostraram dados publicados pela Comissão Europeia nesta terça-feira.
O volume total é comparado com os 8,06 milhões de toneladas relatados uma semana antes e os 8,75 milhões de toneladas registrados na mesma semana de 2021/22, mostraram os dados.
No entanto, a comissão disse recentemente que alguns de seus dados de exportação e importação de grãos podem estar incompletos.
Uma análise dos números mostrou que a França continua sendo o principal país exportador de trigo soft da UE no acumulado desta temporada, com 3,36 milhões de toneladas embarcadas, seguida pela Romênia com 1,38 milhão de toneladas, Alemanha com 913 mil toneladas, Bulgária com 881 mil toneladas e Polônia com 851 mil toneladas.
Já as importações de milho pela UE em 2022/23 até o momento ficaram em 6,65 milhões de toneladas em 25 de setembro, acima dos 5,90 milhões relatados na semana anterior e 81% acima dos 3,67 milhões de toneladas de um ano antes, de acordo com os números da comissão.
Os especialistas aumentaram suas projeções para as importações de milho pela UE, já que a seca colocou o bloco no caminho para sua pior colheita de milho em 15 anos.
A Espanha foi o principal importador de milho na UE até agora em 2022/23 com 2,46 milhões de toneladas, à frente da Holanda com 802 mil toneladas, Polônia com 637 mil toneladas, Portugal com 602 mil toneladas e Itália com 424 mil toneladas, mostraram os dados.
Uma lista dos cinco principais fornecedores de milho para a UE nesta temporada mostrou um grande aumento nas importações de milho brasileiro e ucraniano dentro da UE, com o volume da Ucrânia mais de três vezes maior do que no mesmo período do ano passado.
A exportação de milho do Brasil para a União Europeia aumentou mais de 80% no acumulado do ano até agosto, após os embarques dobrarem no mês passado, conforme dados do governo brasileiro. Analistas e representantes do setor ouvidos pela Reuters acreditam que os embarques devem seguir firmes diante da seca entre os países do bloco e da incerteza sobre a constância do fornecimento ucraniano.
(Reportagem de Sybille de La Hamaide)