SÃO PAULO (Reuters) – As exportações de carne de frango do Brasil atingiram em julho 424,4 mil toneladas, alta de 16,4% em relação ao mesmo mês do ano passado e melhor resultado mensal de 2021, além de terceiro maior da história para o setor, afirmou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta quinta-feira.

Segundo a entidade, os embarques dos produtos (in natura e processados) geraram receita de 739,2 milhões de dólares no mês passado, salto de 48,4% na comparação anual, em meio a um movimento de repasse de custos de produção –o setor tem enfrentado especialmente uma disparada nos preços de grãos utilizados como ração para os animais, como o milho.

Esta é a primeira vez desde julho de 2018 em que a receita com as exportações de carne de frango supera a marca de 700 milhões de dólares, de acordo com a associação.

“Com mercados de alto valor agregado ocupando os primeiros postos entre os principais destinos, houve uma forte elevação no resultado final das vendas de julho, com impacto direto no saldo do ano”, disse em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

“Neste contexto, houve o natural repasse dos custos de produção, que tem impactado os preços da proteína animal não apenas do Brasil, mas também no mercado internacional”, acrescentou.

No acumulado de 2021, as vendas de carne de frango atingiram 2,668 milhões de toneladas, alta de 7,98% ante os sete primeiros meses de 2020, enquanto a receita avançou 15,7%, para 4,216 bilhões de dólares.

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Principal cliente do Brasil no setor, a China importou 63,1 mil toneladas em julho, aumento de 4,5% no ano a ano. Na sequência apareceu o Japão, que assumiu o segundo lugar ao adquirir 35,7 mil toneladas (+2,6%).

Os Emirados Árabes Unidos, principal destaque no mercado halal, foram responsáveis pela compra de 34 mil toneladas da proteína em julho, salto de 75,7%, acrescentou a ABPA.

A entidade espera que o movimento positivo continue sendo visto até o final do ano, citando fatores como a recuperação econômica da pandemia de Covid-19.

“A recuperação econômica de diversos países importadores e o aumento substancial no número de pessoas vacinadas contra a Covid no mundo têm colaborado para os volumes alcançados nos últimos meses. A tendência é de volumes altos nas exportações até o final do ano”, disse o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua.

(Por Gabriel Araujo)

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