SÃO PAULO (Reuters) – As exportações de carne de frango do Brasil totalizaram 397,4 mil toneladas em junho, avanço de 16,2% na comparação anual, informou nesta quinta-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), citando uma “alta generalizada” nos embarques para alguns dos maiores clientes do país no setor.

Segundo o levantamento da entidade, que leva em conta produtos in natura e processados, a receita com as exportações da proteína somou 650,6 milhões de dólares no mês passado, aumento de 45,7% ante igual período de 2020.

A China permaneceu como principal destino da carne de frango brasileira, tendo importado 56,5 mil toneladas em junho, volume praticamente estável no comparativo anual.

Entre os saltos mais expressivos em relação ao sexto mês de 2020, a ABPA destacou embarques para os Emirados Árabes, que cresceram 76,1% para 30,1 mil toneladas. O Japão adquiriu 36,1 mil toneladas (+12,8%), enquanto a África do Sul comprou 27,7 mil toneladas (+38,9%), e a União Europeia outras 18,2 mil toneladas (+61,6%).

O México passou a importar 16,2 mil toneladas em junho, expressivo salto de 624,1% no ano a ano, devido à ampla demanda naquele país.

“Houve uma alta generalizada entre os principais importadores da carne de frango do Brasil, o que se refletiu no bom desempenho das exportações de junho”, disse em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

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“Ao mesmo tempo, também ocorreu uma notável elevação nos preços internacionais, resultado da elevação das exportações para mercados importadores de produtos com maior preço médio”, acrescentou Santin, mencionando um “inevitável repasse de custos” em momento em que o setor enfrenta pressão dos altos gastos com grãos utilizados na alimentação de animais, como o milho.

No acumulado do primeiro semestre de 2021, disse a ABPA, as exportações da proteína brasileira avançaram 6,53%, para 2,244 milhões de toneladas, enquanto a receita alcançou 3,476 bilhões de dólares, alta de 10,6%.

(Por Gabriel Araujo)

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