Uma forte explosão ocorreu na noite deste domingo próximo a um importante banco libanês no oeste de Beirute, sem deixar mortos.

A fachada de uma filial do Blom Bank, um dos mais importantes do país, ficou completamente danificada e estilhaços de vidro cobriam o chão, constatou uma correspondente da AFP.

O ministro do Interior, Nuhad al-Mashnuk, disse à AFP que estava “claro” que o banco era o alvo da explosão. A bomba pesava cerca de “três, ou quatro quilos”, acrescentou.

“Essa explosão não tem nada a ver com os atentados anteriores” que abalaram a capital nos últimos anos, declarou o ministro à rede local LBCI, detalhando que o estilo era “diferente”.

“Não houve vítimas”, completou.

Um funcionário da Defesa Civil afirmou que uma pessoa ficou levemente ferida.

O diretor-geral do Blom Bank, Saad al-Azhari, informou que o banco não havia recebido ameaças.

Uma patrulha do Exército chegou ao local, após a explosão.

A Agência Nacional de Inteligência (ANI) informou que a bomba estava debaixo de um carro, mas o diretor-geral da Polícia libanesa, general Ibrahim Basbys, informou à imprensa que o artefato estava dentro de um vaso de planta.

A filial do Blom Bank atacada fica no setor comercial de Verdun, no oeste da capital libanesa.

O dirigente druso Walid Joumblatt relacionou o ataque às sanções adotadas em 17 de dezembro passado pelo Congresso dos Estados Unidos contra os bancos que financiam o Hezbollah, um grupo armado considerado “terrorista” por Washington.

“Entramos em um ciclo de atentados”, disse Joumblatt à rede LBC, pedindo que seja criado “um ‘mapa de rota’ entre o Hezbollah e os bancos” para que a situação se tranquilize.

A explosão deste domingo é “um golpe dirigido à economia e ao sistema bancário”, declarou ele ao jornal local An Nahar.

“Fiz um apelo para um diálogo sereno sobre o tema das sanções americanas (…) Alguns não querem dialogar, mas é preciso preservar o sistema bancário”, frisou.

Os bancos são considerados o setor mais sólido e um fator de estabilidade no Líbano, um país que se encontra paralisado por uma crise constitucional há dois anos.

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