Pelo menos 66 pessoas ficaram feridas nesta quinta-feira (7) na explosão de um paiol no arquipélago das Seychelles, que derrubou edifícios e levou o presidente a declarar estado de emergência durante boa parte do dia.

O arquipélago, situado no Oceano Índico, também enfrenta chuvas intensas que provocaram inundações e deslizamentos de terra significativos. Pelo menos duas pessoas morreram nos temporais, informou o presidente Wavel Ramkalawan.

A explosão ocorreu por volta das 3h locais (23h de quarta-feira em Brasília) na ilha de Mahé, a maior desse conjunto de ilhas localizadas no leste da África.

“Após uma deflagração no armazém de explosivos CCCL, que provocou danos maciços (…), e a devastação importante causada pelas inundações, devido às fortes chuvas, o presidente declarou estado de emergência para hoje, 7 de dezembro”, informou a Presidência, em um comunicado.

“Todas as escolas permanecerão fechadas. Apenas funcionários dos serviços essenciais terão liberdade de circulação para poderem realizar seu importante trabalho”, acrescentou o documento.

Ramkalawan suspendeu o estado de emergência horas depois e disse ter ficado “em choque” quando chegou ao local pela manhã.

“A polícia e o Exército recuperaram o controle da área”, disse ele a repórteres.

O presidente relatou que “66 pessoas deram entrada no hospital” por causa da detonação, que ocorreu na zona industrial de Providence.

A polícia do país, um conhecido destino turístico, abriu uma investigação para esclarecer as causas da explosão.

A emissora pública SBC confirmou que as fortes chuvas causaram danos significativos na noite de quarta-feira na ilha.

Ex-colônia britânica, as Seychelles são compostas por 115 ilhas e, segundo dados do Banco Mundial de 2021, são o país com o maior PIB per capita da África. No entanto, cerca de 40% de seus 98.000 habitantes vivem na pobreza.

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