WASHINGTON, 22 DEZ (ANSA) – A explosão de uma espaçonave da SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, colocou em risco três aviões de passageiros em janeiro passado.
A informação foi veiculada pelo jornal americano The Wall Street Journal e se baseia em uma investigação da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA).
O episódio ocorreu em 16 de janeiro, durante um voo de teste da espaçonave Starship, que está sendo desenvolvido pela SpaceX para levar o ser humano de volta à Lua e também para Marte.
Na ocasião, o foguete Super Heavy retornou à base de lançamento no Texas, como previsto, porém o compartimento superior da nave explodiu, gerando uma chuva de detritos incandescentes em diversas zonas do Oceano Atlântico por cerca de 50 minutos.
Segundo o Wall Street Journal, a tripulação de um voo da companhia aérea americana JetBlue com destino a Porto Rico foi alertada pela torre de controle que estava prestes a entrar em uma zona perigosa e que, se mantivesse a rota, o faria por sua “conta e risco”.
Os pilotos do jato se depararam com a decisão de ter de escolher seguir em frente em uma área potencialmente repleta de detritos da espaçonave ou arriscar ficar sem combustível sobre o Atlântico.
Outros dois aviões, um da empresa espanhola Iberia e um jato privado, passaram por situação similar. Todos declararam emergência de combustível e atravessaram uma zona temporariamente interditada para o voo, como consta dos documentos da FAA.
Apesar do perigo, os três voos, que transportavam um total de cerca de 450 pessoas, aterrissaram em segurança. A investigação também apontou que a SpaceX não informou a FAA imediatamente sobre a explosão por meio de uma linha telefônica de emergência utilizada em casos do tipo. (ANSA).