O documentarista Lawrence Wahba, a jornalista Flávia Vitorino e o biólogo Hugo Fernandes se juntam em uma expedição de 10 dias que cruzará todo o Pantanal, passando por lugares remotos como a Serra do Amolar, Porto Jofre, cruzando por várias vezes o corredor das onças, considerado o maior corredor do mundo.

Eles vão acompanhar o processo de treinamento dos brigadistas, o trabalho dos biólogos e das ONGs locais com a fauna em extinção e a situação em que se encontra o bioma atualmente.

A expedição vai resultar em um diário registrado nas plataformas e redes sociais da IstoÉ, com informações, fotos e vídeos enviados por eles. Acompanhem por aqui as próximas notícias.

Incêndios

Os 210 mil quilômetros quadrados do Pantanal equivalem à soma das áreas de 4 países europeus – Bélgica, Suíça, Portugal e Holanda. Devido a sua importância ambiental, o bioma foi decretado Patrimônio Nacional e Patrimônio da Humanidade. Mesmo com toda sua importância, os incêndios que atingiram o Pantanal já consumiram pelo menos 10 vezes mais área de vegetação que mais de 10 anos considerados de devastação, registrando no ano de 2020, o maior número de focos de incêndio da historia.

“O Pantanal vem sofrendo com a crise climática e é uma grande preocupação. Secas cada vez mais severas. A proporção dos incêndios deste ano foi incomparável aos anos anteriores. Foram milhões de hectares sem equipes de brigadistas para combate aos focos do fogo, que aconteceram em vários lugares, em vários momentos. Foi terrível”, explica Leonardo Gomes, representante da SOS Pantanal.

Um estudo apresentado pelos Ministérios Públicos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso apontam que a crise climática e a grande seca que o bioma vem enfrentando, não é o único problema já que 60% dos focos de incêndio foram provocados por ações humanas.

O Instituto Homem Pantaneiro vem atuando de forma ativa no combate aos incêndios. No ano passado. É uma ONG fundada pelo coronal Angelo Rabelo ex oficial da PMA. O Instituto gerencia várias reservas que foram duramente afetadas pelo incêndios. A ONG ajudou os órgãos governamentais a criar estratégias de combate aos incêndios, criando a Brigada Alto Pantanal, com o objetivo de treinar e capacitar e equipar e remunerar os ribeirinhos.

Nesta semana, os brigadistas contratados começam seus treinamentos para ação com o início da época das secas de 2021, que, segundo os biólogos locais, serão ainda mais severas e intensas que no ano anterior.