O comando do Exército retirou o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, da lista de promoções dada aos militares por tempo de serviço. Além dele, outros quatro tenentes-coronéis foram afetados.

A decisão foi tomada pela Comissão de Promoção de Oficiais da Força Terrestre, que avalia a necessidade de conceder o benefício aos militares. Além de Cid, os tenentes-coronéis Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, Guilherme Marques de Almeida, Ronald Ferreira de Araújo Júnior e Hélio Ferreira Lima também foram vetados pelo comando militar.

Cid foi braço direito de Bolsonaro durante sua gestão no Palácio do Planalto. Ele é investigado pela Polícia Federal por participação em crimes que envolvem o ex-presidente.

Um dos processos trata sobre a falsificação de cartões de vacina de Bolsonaro e de sua filha, Laura. Mauro Cid teria articulado a falsificação dos documentos para o ex-presidente conseguir entrar nos Estados Unidos sem o comprovante vacinal para a Covid-19.

Outro inquérito investiga a participação de Cid no roteiro de um plano de golpe. O ex-ajudante de ordens também é acusado de ter articulado a venda de joias presenteadas a Bolsonaro pelos governos da Arábia Saudita e Bahrein.

Ele chegou a ser preso após determinação do ministro Alexandre de Moraes, mas deixou a prisão após um acordo de delação premiada.

Pelas regras do Exército, militares presos não podem receber promoções. Como ele deixou a cadeia, Cid poderá concorrer à subida de cargo mais duas vezes: em dezembro e abril de 2025.

Ainda não se sabe os motivos que levaram à retirada dos outros quatro nomes citados na reportagem.