Uma semana após ter sofrido o ataque mais brutal em seu território em cinco décadas, Israel aperta o cerco contra a Faixa de Gaza, enclave controlado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas. Suas Forças Armadas se preparam para um “ataque integrado e coordenado por ar, mar e terra”.
Neste domingo, 15, porém, as indicações são de que a operação será adiada, tanto por motivos humanitários quanto por dificuldades técnicas decorrentes do tempo nublado sobre a região palestina.
Ao todo, mais de 2,3 milhões vivem em condições precárias em Gaza, uma estreita faixa que se estende por cerca de 40 quilômetros ao longo do Mar Mediterrâneo e faz fronteira com Israel ao norte e a leste, e com o Egito ao sul.
A ofensiva das forças israelenses ocorre em reação aos atentados brutais perpetrados pelo Hamas em 7 de outubro, que deixaram mais de 1.300 mortos em cidades fronteiriças israelenses e em um festival de música. Por outro lado, a campanha de retaliação dos militares israelenses já matou mais de 2.200 pessoas na Faixa de Gaza.
Acompanhe os principais acontecimentos do conflito entre Israel e o Hamas:
- Israel amplia prazo para evacuação do norte de Gaza
- Mortos dois líderes do Hamas ligados a massacres
- Israel faz incursões para “limpar” Gaza de terroristas
- Brasil defende corredores humanitários e insiste em “solução de dois Estados”
Israel adia ofensiva em Gaza: razões humanitárias e mau tempo
Israel prossegue neste domingo (15/10) com os preparativos para uma ofensiva terrestre no norte da Faixa de Gaza, depois de ter concedido aos residentes um prazo suplementar para saírem da área, uma semana depois de um ataque sem precedentes do grupo radical islâmico palestino Hamas.
Um porta-voz do Exército israelense garantiu no sábado à noite que a ofensiva terrestre não se iniciaria neste domingo por razões humanitárias. Por outro lado, citando três altos oficiais israelenses, o jornal americano The New York Times noticiou que a operação foi adiada em parte devido ao céu nublado, que dificultou a pilotos e operadores de drones darem cobertura aérea às tropas em terra.
Na sexta-feira, o Exército israelense dera aos civis do norte do território palestino 24 horas para se deslocarem em direção ao sul, a fim de dar lugar a uma operação para “limpar a área de terroristas e armas”. A atual ampliação do prazo já é a segundo.
O norte conta 1,1 milhão de habitantes, do total 2,3 milhões da Faixa de Gaza. Desde 7 de outubro, os ataques pelo Hamas e as retaliações de Israel, já mataram mais de 1.400 em Israel e 2.300 na Faixa de Gaza, a maioria civis, segundo fontes oficiais de ambos os lados.
av (Lusa,EFE,DPA)
Biden conversa com líderes israelense e palestino por telefone
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou por telefone separadamente com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e com líder palestino, Mahmoud Abbas, segundo declarações emitidas pela Casa Branca e pelos escritórios das demais autoridades.
Netanyahu disse a Biden que “unidade e determinação” são necessárias para atingir os objetivos militares de Israel contra o Hamas, que controla a Faixa de Gaza. O grupo fundamentalista islâmico é considerado uma organização terrorista pela União Europeia, Estados Unidos e outros governos.
Biden novamente garantiu ao líder israelense o apoio inabalável dos EUA, e também frisou a necessidade de se proteger os civis e garantir-lhes os suprimentos básicos.
“O presidente Biden discutiu com o primeiro-ministro Netanyahu a coordenação dos EUA com as Nações Unidas, Egito, Jordânia, Israel e outros na região para garantir que civis inocentes tenham acesso a água, alimentos e cuidados médicos”, disse a Casa Branca. “O presidente Biden afirmou seu apoio a todos os esforços para proteger os civis.”
Por sua vez, representantes de Abbas disseram que o líder palestino afirmou a Biden que rejeita completamente o deslocamento de palestinos em Gaza, depois de Israel ter ordenado que os civis do norte do enclave, densamente povoado, se dirigissem para o sul.
Abbas – que lidera a Autoridade Palestina na Cisjordânia, mas perdeu o controle de Gaza para o Hamas após as eleições de 2006 e uma violenta luta por poder entre o Hamas e o grupo Fatah de Abbas – também disse a Biden que “rejeita o assassinato de civis de ambos os lados, pedindo a libertação de civis, prisioneiros e detidos”.
Biden falou a Abbas sobre os esforços dos EUA para evitar que o conflito se amplie, e sobre a necessidade de preservar a estabilidade na Cisjordânia, informou a Casa Branca.
O líder americano ainda ofereceu a Abbas seu total apoio aos esforços para garantir ajuda humanitária aos palestinos e ressaltou a “autodeterminação” palestina durante a ligação telefônica.
Forças de Israel disseram neste sábado que estão se preparando para os “próximos estágios” da guerra contra o Hamas, que incluiria um “ataque integrado e coordenado por ar, mar e terra”.
Israel está preparando as tropas para uma grande ofensiva terrestre para desmantelar o Hamas em Gaza, em resposta ao ataque mortal do grupo militante em 7 de outubro em território israelense.
Síria diz que Israel atacou aeroporto de Aleppo novamente
Israel lançou um novo ataque aéreo contra o aeroporto de Aleppo, na Síria, na noite deste sábado (14/10), forçando a suspensão de suas operações, informou o Ministério da Defesa sírio. Ao menos cinco pessoas teriam ficado feridas.
“O inimigo israelense realizou um ataque aéreo vindo da direção do Mar Mediterrâneo, a oeste de Lataquia [cidade síria], tendo como alvo o Aeroporto Internacional de Aleppo, o que causou danos materiais ao aeroporto e o deixou fora de serviço”, disse a pasta.
O chefe do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, Abdel Rahman, também confirmou o bombardeio, que ocorre dias depois de um ataque semelhante já ter atingido os aeroportos de Aleppo e da capital, Damasco, os principais do país.
Na última quinta-feira, ataques israelenses deixaram fora de serviço ambos os aeroportos, no primeiro atentado desse tipo desde que uma ofensiva brutal do grupo fundamentalista islâmico Hamas contra Israel no fim de semana passado desencadeou combates ferozes.
Os ataques deste sábado atingiram o aeroporto “horas depois de ele ter voltado a funcionar, tirando-o novamente de serviço”, disse um monitor de guerra com sede no Reino Unido, que tem uma ampla rede de fontes dentro da Síria.
Ataques israelenses causaram repetidamente a suspensão de voos nos aeroportos de Damasco e Aleppo, ambos controlados pelo governo da Síria, devastada pela guerra. O aeroporto de Damasco continua fora de serviço.
Durante mais de uma década de guerra na Síria, Israel já lançou centenas de ataques aéreos contra o seu vizinho do norte, visando principalmente forças apoiadas pelo Irã e combatentes libaneses do Hisbolá, bem como posições do exército sírio.
Israel raramente comenta ataques individuais que realiza na Síria, mas tem afirmado repetidamente que não permitiria que seu arqui-inimigo Teerã, que apoia o governo de Bashar al-Assad, expandisse sua presença naquele país. Fontes afirmam que os ataques aos aeroportos têm como objetivo interromper as linhas de abastecimento iranianas para a Síria.
O Irã, que também apoia o Hamas, comemorou o ataque do Hamas contra Israel no sábado passado, embora tenha insistido que não teve envolvimento nele.
Israel diz preparar ataque coordenado por terra, mar e ar
As forças armadas israelenses afirmaram neste sábado (14/10) que estão se preparando para um “ataque integrado e coordenado por ar, mar e terra” contra a Faixa de Gaza. O enclave é controlado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas, que há uma semana perpetrou o maior ataque sofrido por Israel em 50 anos.
“Os batalhões e soldados estão posicionados em todo o país e estão preparados para aumentar a prontidão para os próximos estágios da guerra – com ênfase em uma operação terrestre significativa”, disseram as Forças de Defesa de Israel (IDF) em declaração.
O texto não especifica, contudo, quando essa ofensiva teria início, em meio a especulações de que um ataque em grande escala seria iminente.
As forças israelenses convocaram mais de 300 mil reservistas em uma mobilização sem precedentes, em resposta aos atentados brutais do Hamas em 7 de outubro, que deixaram mais de 1.300 mortos em Israel. Por outro lado, a campanha de retaliação dos militares israelenses já matou mais de 2.200 pessoas na Faixa de Gaza.
Israel ordenou que os civis palestinos deixem a região norte de Gaza e se desloquem para o sul, uma medida que foi condenada como impraticável por grande parte da comunidade internacional.
Mais cedo neste sábado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, postou vídeos e fotos nas mídias sociais em que aparece ao lado de soldados israelenses na linha de frente e perguntando-lhes se estavam prontos para a próxima fase da mobilização, ao que eles acenaram que sim com a cabeça.
“Estamos todos prontos”, escreveu Netanyahu ao compartilhar o vídeo, mas novamente sem detalhes sobre onde ou quando essa próxima fase ocorreria.
Israel se diz prestes a atacar Cidade de Gaza
Um porta-voz das Forças de Defesa israelenses alertou para a iminência de um ataque à Cidade de Gaza e acusou o Hamas de usar civis como escudos humanos.
“Vamos realizar um amplo ataque à Cidade de Gaza muito em breve”, afirmou o almirante Daniel Hagari. Nas últimas 24 horas, Israel vem acumulando tropas na fronteira com Gaza, em meio à expectativa de um ataque por terra de grandes proporções.
Enquanto isso, palestinos realizam grandes esforços para abandonar o norte da Faixa de Gaza, mesmo após a extensão do prazo dado por Israel para a evacuação da região.
Os israelenses voltaram a divulgar através de panfletos lançados por aviões e postagens em redes sociais os alertas para que todos os moradores do norte de Gaza se dirijam para o sul do enclave.
rc (AP)
Hamas diz que bombardeios israelenses mataram 9 reféns
O braço armado do Hamas, as brigadas Al-Qassam, informaram que outros nove reféns que eram mantidos pelo grupo desde os ataques terroristas em solo israelense foram mortos por bombardeios israelenses em Gaza.
Segundo os islamistas, quatro das vítimas eram de nacionalidade estrangeira, ou seja, não israelenses.O Hamas não ofereceu provas ou maiores detalhes sobre as supostas mortes.
Na sexta-feira, o grupo terrorista havia dito que 13 reféns haviam morrido também em razão dos bombardeios de Israel.
rc (DW)
Israel e Hisbolá intensificam ataques na fronteira
O movimento xiita libanês Hisbolá relatou ter atacado posições israelenses em um território disputado ao longo da fronteira entre os dois países.
Em nota, o Hisbolá disse ter atacado “posições sionistas nas fazendas libanesas Sheeba […] com mísseis teleguiados e morteiros, atingindo-as”.
O grupo islamita apoiado pelo Irã, juntamente com outras facções palestinas, entrou em confronto com forças israelenses logo após os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro.
Neste sábado, as Forças de Defesa israelenses disseram ter eliminado vários “terroristas” que tentaram entrar no país através do Líbano, além de atacarem alvos no território libanês em resposta às agressões do Hisbolá.
Desde o último domingo, as agressões entre os dois lados ocorrem quase diariamente. Neste sábado, o Líbano afirmou que bombas israelenses lançadas próximas à fronteira mataram um jornalista e deixaram outros seis feridos.
rc (AFP)
Israel mata dois líderes do Hamas ligados a massacres
As Forças Armadas israelenses anunciaram neste sábado (14/10) ter matado Ali Qadi, comandante da unidade do grupo radical Hamas conhecida como “Nukhba” (“elite” em árabe). Ele era considerado o principal líder do ataque terrestre de 7 de outubro no sul de Israel, estopim do atual conflito na região.
Com base em informações do serviço secreto Shin Beth, os militares informaram que Qadi foi abatido durante um bombardeio por drone. Ele era um dos principais comandantes do movimento radical islâmico que governa a Faixa de Gaza.
Contando 37 anos, ele era natural de Ramallah, na Cisjordânia, mas fora expulso para Gaza. Em 2005 foi preso pelo rapto e assassinato de civis israelenses, porém libertado seis anos mais tarde, numa troca de prisioneiros.
Israel anunciou também a morte, numa ofensiva contra Gaza, na noite de sexta-feira, do chefe das operações aéreas do Hamas, Murad Abu Murad, também considerado um dos organizadores do massacre de 7 de outubro em território israelense.
av (Lusa,AFP,EFE)
Número de palestinos mortos em Gaza aumenta para 2.215
Autoridades de saúde da Faixa de Gaza informaram que a contagem de mortos no enclave palestino desde o início do conflito com Israel aumentou para 2.215.
O MInistério da Saúde palestino precisou que entre os mortos estão 724 crianças e 458 mulheres. O número de feridos aumentou para 8.714.
Em Israel, os ataques terroristas perpetrados pelo Hamas deixaram mais de 1,3 mil mortos.
rc (EFE, DPA)
Moradores terão mais algumas horas para deixar o norte de Gaza
As Forças Armadas de Israel asseguraram aos habitantes do norte da Faixa de Gaza um novo período sem investidas militares neste sábado (14/10), a fim de que possam se deslocar em direção ao sul do enclave palestino.
Entre 10h00 e 16h00 (04h00 a 10h00 em Brasília), os moradores de Beit Hanun devem tomar a rota de fuga designada para Khan Yunis, comunicou um porta-voz militar na plataforma X (ex-Twitter). Dentro desse prazo será possível movimentação “sem danos”.
Na sexta-feira, Tel Aviv ordenara a evacuação do densamente povoado norte de Gaza num prazo de 24 horas, que se encerrou às 06h00 (hora local) do sábado. A ONU declarou a imposição como impossível de cumprir, alertando para o perigo de catástrofe humanitária.
O Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (ENUCAH) estima que dezenas de milhares já seguiram a ordem dada por Israel. Antes mesmo dela, os bombardeios desencadeados pelos atentados do Hamas de 7 de outubro já haviam forçado 400 mil dos cerca de 1,1 milhão de moradores a se retirarem do norte de Gaza.
Uma ofensiva de Israel por terra em breve é dada como certa: na fronteira com o território palestino já estão concentrados dezenas de milhares de soldados israelenses.
av (DW,ots)
Cadáveres de reféns encontrados em batidas contra Hamas em Gaza
Em suas primeiras incursões na Faixa de Gaza, o Exército israelense encontrou diversos cadáveres de seus compatriotas sequestrados pelo grupo terrorista Hamas. Segundo noticiou neste sábado (14/10) o jornal Jerusalem Post, os achados ocorreram na noite da véspera.
Por sua vez, as Brigadas Al Kassam, braço militar do Hamas, divulgaram que 13 dos 150 reféns sequestrados de Israel teriam morrido em consequência dos ataques aéreos israelenses. Entre eles estariam também cidadãos estrangeiros. Não possível verificar essas informações.
Como afirmou no X (ex-Twitter) o porta-voz das Forças Armadas israelenses, Daniel Hagari, a meta principal dessas batidas militares em Gaza é “limpar a área de terroristas e armas”.
av (AFP,ots)
Israel intensifica batidas militares contra Hamas em Gaza
Segundo dados oficiais, Israel já realizou desde a madrugada deste sábado (14/10) diversas incursões militares isoladas na Faixa de Gaza, enquanto transcorre a evacuação da população, como ordenado. O porta-voz das Forças Armadas israelenses, Daniel Hagari, afirmou no X (ex-Twitter) que a meta das operações é “limpar a área de terroristas e armas”.
Paralelamente, também são feitos esforços para encontrar eventuais sequestrados pelo grupo radical islâmico Hamas. Tropas de solo e de tanques de combate procuram indícios e “destruíram tanto infraestruturas quanto células terroristas”. Uma das células revidou com armas antitanques.
Terminou às 06h00 deste sábado (00h00 em Brasília) o prazo de 24 horas dado por Israel para a retirada em massa da população da região norte de Gaza. A medida afeta cerca de 1,1 milhão de habitantes.
Antes da ordem de evacuação, mais de 420 mil palestinos já haviam deixado suas casas na Faixa de Gaza, de acordo com o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
av (AFP,ots)
Milhares fogem do norte de Gaza
Milhares de palestinos deixaram o norte de Gaza nesta sexta-feira, depois que Israel deu um prazo de 24 horas para a evacuação, antes de uma possível invasão terrestre do enclave, em uma escalada de violência que, segundo a ONU, ameaça consolidar uma “catástrofe humanitária”.
O pedido de evacuação fez com que milhares de habitantes do norte de Gaza fugissem de carro ou a pé rumo ao sul, mas sem a esperança de deixar o território palestino pelo lado israelense ou pelo Egito, que não está disposto a abrigar refugiados.
A população de Gaza está ficando sem água, eletricidade e suprimentos, devido ao “cerco total” imposto por Israel após o ataque terrorista do Hamas que matou mais de mil pessoas no dia 7 de outubro.
Muitos se recusam a deixar o enclave, onde mais de 80% dos habitantes são refugiados ou descendentes de refugiados que deixaram suas vilas e cidades ou foram expulsos desses territórios quando o Estado de Israel foi criado, em 1948.
gb (AFP)
Brasil defende corredores humanitários em Gaza e “solução de dois Estados”
Após convocar uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil, que preside o órgão durante este mês de outubro, se manifestou sobre a escalada no conflito entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas, que já deixou milhares de mortos.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que “nem os israelenses nem os palestinos deveriam passar por sofrimentos mais uma vez”.
Vieira afirmou que viajou a Nova York para levar o apelo do presidente Lula para uma ação multilateral urgente, a fim de acabar com o sofrimento de civis que estão em meio às hostilidades.
O ministro também declarou que o governo brasileiro pede a libertação das pessoas que foram sequestradas desde o começo da crise.
O objetivo do Brasil e do Conselho de Segurança, segundo ele, é prevenir mais derramamento de sangue e garantir acesso humanitário urgente para as áreas mais atingidas.
“As leis internacionais de direitos humanos garantem claras diretrizes sobre o que precisa ser feito. É urgente a criação de corredores humanitários com acesso a Gaza”, reforçou, dizendo ainda que o Brasil se solidariza com os brasileiros mortos nos ataques do Hamas e também com os trabalhadores humanitários e todas as pessoas deslocadas.
“Reiteramos nosso apoio à solução de dois estados com palestinos e israelenses vivendo lado a lado, em paz e prosperidade, com fronteiras seguras”, concluiu.
gb (ots)
Países e organizações opõem-se à evacuação
A repercussão dos pedidos de evacuação em até 24 horas da região norte de Gaza vieram de diversos países e organizações internacionais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Anistia Internacional expressaram consternação devido à ordem de evacuação de 24 horas emitida pelo exército israelense antes de uma possível ofensiva terrestre.
A OMS disse que a evacuação em massa seria “desastrosa” para os pacientes dos hospitais, que, no sul, já estão lotados.
Já a Anistia Internacional chamou o pedido de Israel de “uma exigência impossível” que “não pode ser considerada um alerta eficaz” e “o deslocamento forçado da população civil pode equivaler a uma violação do direito internacional humanitário”.
A Turquia classificou a exigência como “inaceitável”: “Forçar os residentes de Gaza, que estão sujeitos a ataques aéreos indiscriminados há dias e privados de eletricidade, água e alimentos, a migrar em uma área extremamente limitada é uma violação flagrante do direito internacional e é desumano”, divulgou, em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores.
Com sede no Cairo, no Egito, a Liga Árabe também condenou uma “transferência forçada”, dizendo que isso constitui “um crime”. O secretário-geral do grupo, Ahmed Aboul Gheit, acusou Israel de realizar “um ato atroz de vingança […], punindo civis indefesos em Gaza”, em vez de uma “operação militar planejada ou estudada”.
gb (AFP, ots)