O Exército egípcio anunciou à AFP, nesta terça-feira (16), que matou 450 supostos extremistas na península do Sinai (leste), no âmbito de uma operação realizada há oito meses contra o grupo Estado Islâmico (EI).

Uma ampla operação “antiterrorista” chamada “Sinai 2018” foi lançada em 9 de fevereiro, depois de um ataque atribuído pelas autoridades ao EI, que deixou mais de 300 mortos em uma mesquita no norte da península.

Desde então, 450 supostos extremistas foram abatidos “no norte e no centro do Sinai (pelo Exército) e a polícia”, indicou à AFP o porta-voz do Exército egípcio, Tamer el-Refai.

Segundo cifras publicadas pelo Exército, 30 soldados foram assassinados durante este mesmo período.

Desde a destituição por parte do Exército em 2013 do presidente islamita Mohamed Morsi, após grandes manifestações contra ele, centenas de policiais, soldados e civis morreram em ataques extremistas.

“Todos os ataques aéreos são realizados pelo Exército fora de áreas residenciais”, assegurou Refai, em resposta às acusações de grupos defensores dos direitos humanos.

Organizações humanitárias denunciaram em várias oportunidades as consequências sobre a população civil das operações lançadas pelo Exército no norte e no centro do Sinai.

O Exército, por sua vez, sustenta que a população apoia as suas operações e que recebe ajuda humanitária.

A imprensa não está autorizada a percorrer livremente a área coberta pela operação “Sinai 2018”, mas o Exército organizou em julho uma rara visita a El-Arish, principal cidade do norte do Sinai, destinada aos meios de comunicação estrangeiros.