Uma integrante do alto escalão do Exército dos Estados Unidos manifestou, nesta quinta-feira (20), profunda preocupação pelo destino do soldado americano que está retido na Coreia do Norte.

O soldado de segunda classe Travis King deveria ter retornado aos Estados Unidos para enfrentar consequências disciplinares no início desta semana, após cumprir uma condenação na Coreia do Sul. No entanto, ele conseguiu sair do aeroporto e se juntou a uma excursão turística para a fronteira e fugiu correndo para a Coreia do Norte.

“Me causa muita preocupação que o soldado King esteja nas mãos das autoridades norte-coreanas […] Me preocupa o tratamento que podem lhe dar”, declarou a secretária do Exército, Christine Wormuth, durante o Fórum de Segurança de Aspen.

Ela fez menção ao caso de Otto Warmbier, um americano que ficou preso por um ano e meio na Coreia do Norte, até ser liberado em coma para os Estados Unidos e morrer seis dias depois.

Wormuth disse que Washington buscou informação sobre King através dos canais da ONU, e que várias áreas do governo estão envolvidas neste esforço.

“O Departamento de Defesa, o Departamento de Estado, a Casa Branca, estamos utilizando os canais da ONU, estivemos em contato [com a Coreia do Norte] para obter informação sobre sua situação e trabalhar com eles para tentar […] trazê-lo de volta”, assinalou.

Mas, “neste momento, não acredito que se saiba muito e tampouco acredito que o contato com as autoridades norte-coreanas tenha sido estabelecido de maneira exitosa”.

Wormuth garantiu que King “enfrentaria consequências adicionais” se tivesse retornado aos Estados Unidos como estava previsto, mas não ficou claro se uma pena de prisão estava sobre a mesa.

King “agrediu um indivíduo na Coreia do Sul e ficou sob custódia do governo sul-coreano. Ele retornaria aos Estados Unidos para enfrentar consequências no Exército. Não tenho certeza se ele estava conseguindo lidar com isso”, explicou.

“Talvez não estivesse pensando com clareza, mas francamente não sabemos”.

wd/md/atm/db/rpr/am