O Exército da Colômbia atribuiu ao ELN, nesta sexta-feira (17), o sequestro do pai de um prefeito da região de Catatumbo, desaparecido no dia anterior.

O governo está no meio de negociações para levar adiante um acordo com paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN).

O sequestro de Cristo Contreras é uma ação “de terrorismo do ELN”, declarou a jornalistas o comandante do Exército, general Alberto Mejía, sobre o desaparecimento do pai de Edwin Contreras, prefeito do município de El Carmen, no departamento de Norte de Santander, na fronteira com a Venezuela.

“É um sequestro que faz parte dessa forma absolutamente irracional do ELN de ‘celebrar a morte’ em 14 de fevereiro do padre (Manuel) Pérez e, em 15 de fevereiro, do padre Camilo Torres”, acrescentou o general Mejía, referindo-se a esses emblemáticos dirigentes do grupo rebelde, falecidos em 1998 e 1966, respectivamente.

O ELN também é responsável por um segundo ato “de terrorismo”, disse Mejía, ao reportar a explosão do oleoduto Caño Limón-Coveñas, ocorrida na quarta-feira (15) à noite no mesmo município de El Carmen.

“Essas mensagens fazem muito dano ao processo (de paz)”, assinalou, ao questionar a perda de “legitimidade” sofrida pelas negociações com atos dessa natureza.

“O governo estende a mão, e eles respondem dessa forma”, acrescentou.

O governo do presidente Juan Manuel Santos e o ELN instalaram em 7 de fevereiro, em Quito, uma mesa formal de negociações para terminar o conflito armado.

Santos esperar fechar um acordo com o ELN para alcançar a “paz completa” no país, após a assinatura em novembro passado de um histórico pacto com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).