Executivo-chefe da Audi, marca de luxo da Volkswagen, Rupert Stadler foi preso nesta segunda-feira, no âmbito da investigação de seu papel no escândalo de fraudes em testes de emissão de poluentes nos carros a diesel da montadora alemã. A prisão, a primeira de um membro do conselho executivo da Volkswagen no caso, ocorre uma semana após promotores em Munique acrescentarem o nome de Stadler a uma lista de suspeitos na investigação que tem como alvo agora cerca de 20 pessoas.

Um porta-voz da Volkswagen confirmou a prisão de Stadler, mas se recusou a dar detalhes, citando que há uma investigação em andamento e acrescentando apenas que o executivo ainda tem a presunção de inocência.

A prisão ocorreu horas antes de que o conselho supervisor da Volks se reunisse para uma apresentação de seus advogados sobre a investigação dos executivos e de funcionários da Audi, segundo fontes ligadas ao assunto. Em comunicado nesta segunda-feira, os promotores disseram que Stadler foi detido porque havia o risco de que ele interferisse nas investigações. Um juiz em Munique deve determinar nesta segunda-feira se ele seguirá na prisão, à espera do julgamento.

Em 2015, a Volkswagen admitiu que fraudou quase 11 milhões de veículos a diesel para conseguir passar em testes de emissão, inclusive com modelos da Audi. Em 2016, a Audi foi parte de um acordo mais abrangente fechado entre a Volks e o governo dos EUA. A Volkswagen admitiu ser culpada por enganar clientes nos EUA e aceitou pagar cerca de US$ 25 bilhões de multa.

Às 8h30 (de Brasília), a ação da Audi recuava 1,24% na Bolsa de Frankfurt. Fonte: Dow Jones Newswires.