O romance entre Amado Batista e Laíza Felizardo começou longe dos holofotes. Segundo a jovem, o primeiro encontro ocorreu em 2018, após um show do cantor em Careiro Castanho, no Amazonas. À época, Laíza tinha apenas 18 anos. O relacionamento só se tornou público em janeiro de 2019, quando o artista, então com 67 anos, assumiu em entrevistas que namorava a garota 48 anos mais jovem.
Foram quase seis anos de convivência até o rompimento, divulgado no fim de 2023. As primeiras versões justificavam “diferenças de estilo de vida” e crises acumuladas nos meses anteriores.
Poucos dias depois, Laíza começou a expor sua versão dos fatos. Em entrevista ao portal Metrópoles, no dia 10 de janeiro de 2024, afirmou ter descoberto supostas traições do cantor ao acessar o celular dele. “Encontrei conversas com meninas de vários estados”, declarou. Já ao Domingo Espetacular, da Record, em 14 de janeiro, disse ter sido expulsa da casa de Amado e revelou que chegou a dormir “num colchão na cozinha da casa da minha mãe, em Palmas”. Classificou o fim como traumático e resumiu em uma frase: “Foi um horror”.
Na mesma entrevista, Laíza denunciou episódios de violência moral, psicológica e patrimonial. Reforçou que não sofreu agressões físicas, mas descreveu uma relação marcada pela dependência. “Eu dependia dele financeiramente e emocionalmente. Isso me fez sentir presa”, contou.
O conflito ganhou dimensão judicial em 6 de março de 2024, quando Laíza ingressou com uma ação na 3ª Vara de Família de Palmas pedindo reconhecimento e dissolução de união estável, além de pensão provisória. Alegou ter deixado estudos e trabalho para viver com o cantor e relatou que, durante o relacionamento, recebia uma mesada de R$ 10 mil. Disse ainda que Amado prometeu manter o valor após o fim, mas não cumpriu integralmente.
Em 31 de março, a Justiça atendeu parcialmente ao pedido. A juíza Hélvia Túlia Sandes Pedreira determinou através de liminar o pagamento de R$ 10 mil mensais. Em 21 de junho, o Tribunal de Justiça do Tocantins manteve a decisão, mas restringiu o benefício ao período de três anos, tempo estimado para a conclusão do curso de Medicina Veterinária da jovem.
A defesa de Amado rebateu de imediato. Argumentou que a mesada só começou a ser paga para ela em 2022, que o cantor jamais deixou de prestar auxílio e que Laíza possui meios de se manter, inclusive com seus trabalhos como influenciadora. Informou ainda que Amado teria disponibilizado um apartamento para a ex-noiva após a separação.
O mérito da ação, que discute se houve união estável, efeitos patrimoniais e eventual indenização, ainda não foi julgado. Enquanto isso, as acusações se acumulam. Laíza insiste nas denúncias de traição, abandono e violência psicológica. Amado prefere o silêncio público e concentra sua reação na Justiça.
Agora, porém, a defesa do cantor prepara um contra-ataque. Fontes ouvidas pela Coluna Matheus Baldi afirmam que os advogados estão prontos para apresentar provas de uma suposta traição de Laíza. Amigos e funcionários próximos ao artista teriam ajudado a reunir elementos, como áudios e imagens, que comprovariam um envolvimento extraconjugal da jovem durante o tempo que ainda se relacionava com o artista e vivia com ele no Residencial Aldeia do Vale, condomínio de luxo em Goiânia.
Relatos de alguns moradores reforçam esse enredo. Em eventos realizados no condomínio, Laíza teria, inclusive, feito alguns desabafos após consumir bebida alcoólica. Nessas ocasiões, comentou a intenção de se separar de Amado, mas dizia que precisava assegurar seus direitos como esposa e chegou a pedir auxílio jurídico a vizinhos.
Em contato com Laíza, a influenciadora confirmou a traição à Coluna. “Eu assumi para ele. Isso só aconteceu depois que peguei várias traições dele. Na época, não tive maturidade para lidar com todas as situações que descobri”.
A Coluna Matheus Baldi consultou o advogado Dr. Francisco Gomes para esclarecer o impacto que eventuais provas da traição poderiam ter no processo que envolve Amado Batista e Laíza Felizardo. Segundo o jurista, a apresentação de materiais que indiquem uma suposta traição, por si só, não altera a discussão jurídica central sobre o regime de separação e uma possível partilha de bens. No entanto, o advogado destaca que existe um ponto sensível a ser considerado: a possibilidade de alegações de violência psicológica ou abusos de qualquer natureza. “Se, por exemplo, Amado Batista conseguir comprovar que foi vítima de provocações ou de situação que o colocaram em situação vexatória, ou de abuso psicológico, poderá ingressar com uma ação cível de indenização por danos morais contra ela. Essa discussão é independente da separação de bens e segue outra via processual”, detalhou o advogado.
Procurado pela reportagem, Amado Batista, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não irá se pronunciar sobre o caso.
A Coluna Matheus Baldi segue acompanhando todos os desdobramentos do caso.