Por Deisy Buitrago e Marianna Parraga e Matt Spetalnick

CARACAS/HOUSTON/WASHINGTON (Reuters) – A Venezuela fechou um acordo importante para trocar o seu óleo pesado por um condensado iraniano que pode ser usado para melhorar a qualidade do seu petróleo bruto, com as primeiras entregas esperadas para esta semana, disseram cinco pessoas próximas ao acordo.

O país sul-americano busca impulsionar suas exportações de petróleo, em baixa diante das sanções dos EUA e, segundo as fontes, o acordo entre as empresas estatais Petroleos de Venezuela (PDVSA) e Companhia Nacional de Petróleo Iraniana (NIOC) aprofunda a cooperação entre dois adversários de Washington.

Uma das fontes disse que o planejamento é que o acordo de troca dure seis meses em sua fase inicial, mas pode ser estendido. A Reuters não conseguiu determinar em um primeiro momento outros detalhes do acordo.

Os ministérios do petróleo da Venezuela e do Irã, e as estatais PDVSA e NIOC não responderam aos pedidos por comentários.

O acordo pode ser uma violação das sanções dos EUA contra as duas nações, segundo um e-mail do Departamento do Tesouro enviado à Reuters, citando ordens do Governo dos EUA que estabelecem as medidas punitivas.

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Os programas de sanções dos EUA não apenas proíbem norte-americanos de fazerem negócios com os setores de petróleo de Irã e Venezuela, mas também ameaçam impor “sanções secundárias” contra qualquer pessoa ou entidade não norte-americana que realize transações com as empresas de petróleo de qualquer um dos dois países.

(Por Marianna Parraga em Houston, Deisy Buitrago em Caracas e Matt Spetalnick em Washington; reportagem adicional de Bozorgmehr Sharafedin em Londres)


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