Desde que anunciaram a separação no fim de maio, Zé Felipe e Virginia Fonseca têm procurado manter respeito e amizade, sobretudo pelo bem dos três filhos. O término, após cinco anos de união, foi comunicado como decisão conjunta, sem acusações públicas, com a promessa de seguirem unidos na criação das crianças. Ainda assim, como costuma acontecer quando vidas muito expostas mudam de rumo, cada gesto ou declaração ganha repercussão.
Neste domingo, dia 10, Dia dos Pais, por exemplo, viralizou um story da mãe de Virginia, Margareth Serrão, que, ao desejar feliz Dia dos Pais à filha, se confundiu e, em tom de brincadeira, tentou corrigir o deslize, justificando que “mãe também é pai”. O vídeo começou a circular por várias páginas na internet e, em uma outra publicação, Poliana Rocha, mãe de Zé Felipe, comentou dizendo “pai é pai”, o que muitos interpretaram como uma indireta.
No começo da noite, percebendo a proporção que a história começou a ganhar, a esposa do cantor Leonardo decidiu se manifestar nas redes sociais. Em tom calmo, mas firme, ela comentou o clima de especulação que vem tomando conta da internet desde a separação do filho com a influenciadora: “As pessoas querem ver uma rivalidade entre duas famílias, isso é triste.” E fez questão de destacar que o vínculo construído ao longo dos anos não acabou: “Temos respeito, cumplicidade, amor, carinho, acolhimento. Nem quero virar a chave e acabar com isso porque acho que a gente precisa ter uma harmonia muito grande para criar nossos netos.”
O recado mais profundo veio na sequência: “Sou leoa e muito justa, e cada um é responsável por seus atos.” É aqui que se decifra o código que responde ao título desta reportagem. Aqui, Poliana foi gigante. Segundo apuração exclusiva da Coluna Matheus Baldi, antes do término, Zé Felipe teria desapontado Virgínia em uma situação. De alguma forma, Virginia não teria deixado barato. Aos poucos, os episódios acabaram abrindo uma fissura na relação, marcada mais por impasses sobre escolhas, prioridades e confiança do que por falta de sentimento. Ao afirmar que cada um responde por seus atos, Poliana sinalizou que não passa a mão na cabeça do filho, como alguns sempre insinuam na internet, e reforçou que também mantém carinho por Virgínia, por mais que ela possa ter cometido algum deslize. Sua mensagem é clara: responsabilidade, sim; fomentar o caos, não.
O tom conciliador foi reforçado por Margareth Serrão, mãe de Virgínia, que comentou na postagem que fiz em meu Instagram com a reprodução da fala de Poliana: “Poli, nós nos amamos. Isso é que vale.” Uma troca pública que soou como convite à maturidade, lembrando que, para além das manchetes, existem duas famílias comprometidas a criar crianças que nada têm a ver com disputas muitas vezes infladas na internet como se fossem entretenimento, algo que, na minha opinião, revela um comportamento preocupante, que se alimenta do caos e se distancia da empatia necessária para a vida em sociedade. Como já falei aqui algumas vezes, é esse tipo de comportamento que mais me preocupa nessa cobertura do mundo dos famosos.
A curiosidade sobre a vida de celebridades é parte do nosso lado humano, mas não deveria vir acompanhada do desejo pelo caos e nem com torcida por rompimentos drásticos ou escândalos. Em situações assim, me lembro de uma filósofa que gosto muito, a professora Lucia Helena Galvão, que sempre explica o quanto somos todos conectados. Ela compara a humanidade a uma faixa de areia na praia: podemos cavar buracos separados, mas basta uma onda para misturar tudo de novo.
Na minha leitura, quando um perde, todos perdemos de alguma forma. Quando um sofre, a dor acaba respingando no coletivo. Estamos conectados, mesmo que às vezes não percebamos. As ondas da vida, os acontecimentos, as mudanças, as alegrias e as tragédias, misturam nossas histórias e nos lembram que, no fundo, somos feitos da mesma matéria. Pense nisso.