16/04/2021 - 9:49
Por Marta Nogueira e Sabrina Valle
RIO DE JANEIRO (Reuters) – Nomeado para liderar a Petrobras, o general da reserva Joaquim Silva e Luna endossou nomes de gerentes-executivos da empresa para concorrer ao comando de quatro diretorias executivas, disseram à Reuters fontes com conhecimento do assunto.
O Conselho de Administração da Petrobras se reúne nesta sexta-feira para decidir a composição da nova diretoria executiva, disse a empresa nesta quinta-feira. Na ocasião, o colegiado também deve eleger oficialmente Luna como CEO.
A decisão de Luna de endossar executivos experientes da empresa envia uma mensagem de alguma continuidade a um mercado cauteloso com a nomeação de um CEO que não tem experiência na indústria de óleo e gás.
Metade dos oito cargos de diretoria estão vagos, incluindo o de Finanças e Relacionamento com Investidores.
Quatro diretores optaram por deixar a empresa após o presidente da República, Jair Bolsonaro, decidir em fevereiro trocar o então presidente Roberto Castello Branco, que encerrou oficialmente seu mandato na segunda-feira passada.
Rodrigo Araujo está entre os candidatos e poderá ocupar a posição de diretor-executivo de Finanças e Relacionamento com Investidores, segundo as fontes.
O gerente-executivo Fernando Borges, que liderou o projeto do campo gigante de Libra, terá seu nome apresentado como candidato à diretoria de Exploração e Produção, de acordo com os interlocutores.
Já o gerente-executivo de Comercialização Claudio Mastella vai concorrer à área de Comercialização e Logística.
João Henrique Rittershaussen é candidato à diretoria de Desenvolvimento da Produção, disseram as pessoas. Atualmente é gerente-executivo do mesmo departamento.
A Petrobras informou que não iria comentar.
Todos os candidatos têm longa carreira na Petrobras e foram aprovados pelo Comitê de Pessoas (Cope) da empresa, disseram as pessoas na condição de anonimato. Araujo, Borges e Mastella faziam parte do plano de sucessão da empresa.
No passado, Borges e Rittershaussen criticaram publicamente as políticas implementadas durante os governos do Partido dos Trabalhadores de promover a construção de plataformas no Brasil por construtores locais. A Petrobras decidiu recentemente retomar a construção da plataforma no exterior.
(Reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)