Por Aditya Kalra

DAVOS, Suíça (Reuters) – A empresa global de private equity General Atlantic planeja colocar 2 bilhões de dólares na Índia e no Sudeste Asiático nos próximos dois anos, após avaliações menores tornarem as startups da região mais atraentes, disse um executivo sênior à Reuters.

A General Atlantic está nos primeiros estágios de discussões de investimentos em cerca de 15 empresas em setores como tecnologia, serviços financeiros, varejo e consumo, disse Sandeep Naik, chefe dos seus negócios na Índia e no Sudeste Asiático, em uma entrevista.

O mercado de startups, especialmente na Índia, está passando por uma fase difícil. Após levantar um recorde de 35 bilhões de dólares em 2021, fundadores estão sofrendo para atrair dinheiro, gerando medo de avaliações menores e forçando alguns a cortar empregos.

Após investir apenas 190 milhões de dólares em startups indianas em 2021, a menor quantidade anual em toda sua história, a General Atlantic agora está pronta para abrir o bolso, disse Naik, em uma entrevista durante o Fórum Econômico Mundial em Davos.

“O realismo está se estabelecendo. Estamos esperando pela criação de valor acontecer. Agora estamos prontos”, disse Naik, sobre os planos da General Atlantic para Índia e Sudeste Asiático, que tem investimentos de mais de 4,5 bilhões de dólares na região, a maioria na Índia.

“Estamos muito otimistas com Índia, Indonésia e Vietnã”, acrescentou Naik, recusando-se a citar em quais empresas está de olho.

Muitas empresas de tecnologia ao redor do mundo têm sofrido nas últimas semanas, com o conflito na Ucrânia e a alta das taxas de juro atingindo o sentimento dos investidores. O SoftBank, do Japão, relatou uma perda recorde de 26,2 bilhões de dólares em seu braço de investimento Vision Fund.

Devido ao difícil ambiente do mercado e avaliações em queda, a General Atlantic está aconselhando todas as empresas de seu portfólio a observaram oportunidades de consolidação.

“Agora é o melhor momento para consolidar… Forte fica mais forte”, disse Naik.