EXCLUSIVO: Fátima perde programa para Eliana e ganha apelido inusitado na Globo

Coluna: Matheus Baldi

Mineiro, Matheus Baldi é jornalista e apresentador, com passagens por UOL, SBT, Record e Band. Com mais de 4 milhões de seguidores nas redes sociais, já ultrapassou os 2 bilhões de visualizações em seus vídeos na internet. Diariamente, Matheus compartilha sua visão apurada e informações exclusivas sobre os bastidores do show business.

EXCLUSIVO: Fátima perde programa para Eliana e ganha apelido inusitado na Globo

Após promover muitas mudanças em projeto encomendado pela emissora, a jornalista não apenas perdeu a atração, como também voltou para a lista de espera por uma nova chance no canal

EXCLUSIVO: Fátima perde programa para Eliana e ganha apelido inusitado na Globo
EXCLUSIVO: Fátima perde programa para Eliana e ganha apelido inusitado na Globo Foto: Reprodução/montagem web

Fátima Bernardes é uma das personalidades mais respeitadas da televisão brasileira. Mas descobri que, nos bastidores da Globo, uma palavra tem sido repetida em tom divertido com mais frequência quando seu nome vem à tona: “teimosinha”. O adjetivo, dito com certa cobrança, mas também com carinho, reflete uma percepção que vem crescendo entre alguns executivos da emissora sobre a jornalista e apresentadora.

Desde que deixou o Encontro, em 2022, programa matinal que comandou com sucesso por uma década, Fátima vem tentando se reinventar. A saída foi um movimento pessoal, motivado pela busca por mais leveza, ritmo menor de trabalho e desejo de trabalhar com novos formatos. Mas, infelizmente, até aqui, acabou resultando em um ciclo de tentativas sem grande sucesso no aspecto profissional.

Em 2023, ela conseguiu, depois de certo esforço, comandar o Assim Como a Gente, no GNT, programa intimista e bem-produzido. Se tivesse bons resultados na TV paga, ganharia a chance de ser testado na TV aberta. No entanto, a audiência tímida e a repercussão discreta fizeram com que o projeto não ganhasse segunda temporada, nem migrasse para a Globo, como inicialmente se cogitava.

Ainda no mesmo ano, Fátima comandou também a última temporada do The Voice Brasil, que já tinha seu encerramento definitivo planejado dentro do canal. Pela boa relação entre ela e a Globo, o canal passou a buscar uma forma de manter algum vínculo, mesmo sem um contrato fixo. O que a Coluna Matheus Baldi descobriu é que uma das ideias em discussão, à época, envolvia justamente o Saia Justa, tradicional programa do GNT que estava no radar para ser reformulado. O nome de Fátima foi cogitado para assumir o comando da atração no lugar de Astrid Fontenelle.

De forma extraoficial, Fátima chegou até a ser consultada e demonstrou respeito pela história do programa, mas, no primeiro momento, não teria transparecido muita empolgação. Nesse meio tempo, a Globo, que dava sequência às negociações com Eliana, ainda contratada do SBT, enxergou justamente no Saia Justa uma forma de atender a uma exigência feita pela apresentadora: a garantia de estar no ar nos dois semestres do ano. Ao mesmo tempo, também resolveria a questão da reformulação já prevista para o programa. Como o acerto com a loira acabou se concretizando, o nome de Fátima deixou de ser uma opção para o Saia.

Foi então que ela e a Globo iniciaram uma nova etapa de reuniões e conversas. A direção da emissora teria encomendado a ela um projeto com referências claras ao estilo do programa de Hebe Camargo, com auditório, boa dose de entretenimento e entrevistas. Fátima passou a desenvolver o formato ao lado de profissionais com quem tem afinidade.

Porém, o que minhas fontes do canal garantem é que a quantidade de alterações sugeridas por Fátima, no tom, nos quadros e na abordagem, teria sido tamanha que, internamente, avaliou-se que o projeto ficou completamente descaracterizado. A proposta final teria ficado muito parecida com outros formatos já apresentados por ela em ocasiões anteriores, o que foi interpretado como uma espécie de teimosia e até insistência.

Pensado para ser exibido ao vivo e semanalmente, Fátima argumenta que sua nova atração precisa dar um passo além e não simplesmente replicar um formato dos anos 1980 e 1990.

Mas, nesta quinta-feira, dia 19, o jornal Folha de S. Paulo revelou que a Globo acabou tomando a decisão de engavetar o projeto da comunicadora, pegando de surpresa a equipe que já estava envolvida na pré-produção.

A decisão deixa Fátima, mais uma vez, sem programa fixo na emissora e reacende a sensação de que a jornalista, ícone de credibilidade, tem tido dificuldades para encontrar um formato que una seu desejo artístico, conexão com a demanda da Globo e viabilidade comercial.
Agora, ela volta para a fila de espera, que já conta com uma lista de outros admirados profissionais.

A pergunta que fica no ar é: será que, desta vez, rolou outro arrependimento de Fátima por ter deixado escapar mais um sofá? Neste caso, o do Saia Justa.

Teria sido melhor garantir presença na TV e ter aceitado o Saia Justa, ainda que não fosse exatamente o que ela queria? Por exemplo, foi o que Eliana fez. Enquanto espera sua grande oportunidade na TV Globo, ao menos se assegura de não ficar fora do ar. Ou será que faz mais sentido seguir como Fátima, que, mesmo sendo chamada de “teimosinha”, continua focada e sem abrir mão de se envolver apenas com algo que lhe proporcione uma verdadeira sensação de sonho realizado?

Na minha leitura, não existe resposta certa. Cada uma segue à sua maneira, fiel ao que acredita e ao que deseja construir. E talvez aí esteja justamente a beleza de duas trajetórias tão diferentes quanto inspiradoras.