Um ex-vice-presidente do regulador bancário da China foi condenado à prisão perpétua, informou nesta sexta-feira (29) a imprensa estatal.

Foi o mais recente alvo de uma campanha lançada em 2012 contra a corrupção no setor financeiro, após o presidente Xi Jinping assumir a liderança do Partido Comunista.

Desde então, cerca de 4,8 milhões de dirigentes do partido foram investigados, segundo dados oficiais de junho de 2022.

Estas investigações normalmente terminam em condenações e há suspeitas de que sejam utilizadas para afastar figuras políticas que se opõem ao presidente.

Cai Eshang, nascido em 1951, dedicou a maior parte de sua vida profissional ao setor financeiro e atuou durante oito anos como vice do regulador bancário. Também foi representante do Partido Comunista.

Atualmente aposentado, ele foi investigado por “graves violações disciplinares e da lei”.

Eshang foi considerado culpado por aceitar mais de 500 milhões de yuanes (cerca de 350 milhões de reais na cotação atual) em propinas, informou a rede estatal CCTV, citando a decisão judicial.

Segundo a CCTV, ele foi condenado à morte, pena que será substituída pela prisão perpétua.

Na quinta-feira, um ex-diretor do Banco Central da China foi condenado a mais de 16 anos de prisão por corrupção.

Nesta sexta-feira, uma sessão legislativa adotou uma emenda que prevê penas mais rígidas para os crimes de corrupção, segundo a agência estatal de notícias Xinhua.

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