Primeiro do grupo que até hoje se dizia indeciso sobre o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, o senador e ex-vice-líder do Governo Dilma no Senado, Wellington Fagundes (PR-MT), disse nesta terça-feira, 9, que vai votar pela pronúncia e consequente prosseguimento do processo de impeachment contra a petista.

Fagundes, que é relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, afirmou que sua prioridade na relatoria foi a retomada da credibilidade da peça orçamentária. “O orçamento precisa ser realista, e não uma peça de ficção”, disse. “Sem orçamento definido, podemos repetir esse caos que agora vivemos”, completou.

Já a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), aliada de Dilma, afirmou que vai votar contra o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que pede o impeachment da petista. Para ela, o relatório é “fraudulento”.

“O texto inverte fatos em busca de um mérito que não pode ser comprovado”, afirmou, durante discurso na tribuna do plenário. A senadora mencionou a suposta delação premiada em que o presidente em exercício, Michel Temer, é citado e disse que o impeachment tem o objetivo de sepultar as investigações.

Em direção oposta, o senador Gladson Cameli (PP-AC) apresentou voto pelo impeachment. Para ele a abertura de créditos suplementares sem o aval do Congresso e as chamadas pedaladas fiscais no Plano Safra são crimes de responsabilidade. “Golpe é uma alegação grotesca. Por acreditar em nossa Constituição, voto pelo prosseguimento do julgamento”, disse.