O ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steve Mnuchin, disse nesta quinta-feira que pretende reunir um grupo de investidores para comprar a rede social TikTok, enquanto o Congresso americano tenta pressionar sua empresa matriz, a chinesa ByteDance, a vendê-la.

“É uma grande empresa. Vou formar um grupo para comprar o TikTok”, disse o ex-secretário do governo do republicano Donald Trump (2017-2021), que alegou que a plataforma “deveria ser controlada por interesses americanos”.

“Falei com várias pessoas” sobre o projeto, disse à CNBC o ex-diretor do banco de investimentos Goldman Sachs, sem revelar os nomes.

A Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA aprovou na quarta-feira um projeto de lei que, se aprovado no Senado e sancionado pelo presidente Joe Biden, obrigaria a ByteDance a vender o TikTok a um grupo local, sob pena de proibir a atividade desta popular rede social nos Estados Unidos.

O TikTok está na mira das autoridades americanas há vários meses, em meio a acusações de que permite ao governo chinês espionar e manipular os seus 170 milhões de usuários nos Estados Unidos, o que a empresa nega veementemente.

A votação no Senado dos EUA, porém, parece ter um resultado incerto.

Até agora, nenhum potencial comprador se apresentou oficialmente. No entanto, o Wall Street Journal informou que o ex-chefe da fabricante de videogames Activision Blizzard, Bobby Kotick, manifestou interesse ao cofundador da ByteDance, Zhang Yiming.

O valor do TikTok é difícil de estimar, especialmente no caso de uma liquidação imediata.

Em 2020, a ByteDance fixou seu preço em 60 bilhões de dólares(cerca de 300 bilhões de reais) quando o governo de Donald Trump quis forçá-la a desfazer-se da plataforma, segundo a agência Bloomberg.

Depois de deixar o governo, Steven Mnuchin fundou uma empresa de capital privado, a Liberty Strategic Capital, com interesse especial no setor de tecnologia.

Rapidamente arrecadou cerca de 2,5 bilhões de dólares (12 bilhões de reais) de investidores após o seu lançamento, segundo o The New York Times, incluindo uma parte de fundos soberanos do Oriente Médio.

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