MILÃO, 27 OUT (ANSA) – O jornalista e ex-secretário de Meio Ambiente da Prefeitura de Milão Paolo Massari, 54 anos, preso em junho passado sob a acusação de estupro contra uma amiga, foi condenado a dois anos de prisão, com pena suspensa, além de ser obrigado a fazer tratamento terapêutico durante mais dois anos.   

A decisão foi tomada após um acordo judicial entre a promotoria de Milão e os advogados de Massari. O réu confesso, que está em liberdade, terá que pagar uma indenização de 30 mil euros à vítima e se consultar com um psicólogo, conforme determinação da juíza de audiência preliminar Tiziana Gueli.   

O ex-político italiano admitiu o crime e pediu desculpas à mulher, que foi violentada na garagem do prédio onde mora. Na noite do dia 14 de junho, a vítima foi socorrida enquanto pedia ajuda sem roupas no meio da rua. Levada a um hospital, onde os médicos constataram o estupro, ela relatou o ocorrido aos policiais, que prenderam Massari na sequência.   

O jornalista da rede Mediaset, que foi secretário de Meio Ambiente na gestão da prefeita conservadora Letizia Moratti (2006-2011), era amigo de escola da mulher e a havia convidado para um jantar após ter recebido uma mensagem na qual ela pedia ajuda nos negócios, afetados pela pandemia de coronavírus.   

Antes de cometer o estupro, Massari já havia sido obrigado a deixar o cargo na Prefeitura de Milão em 2010, após uma servidora municipal e uma funcionária do Consulado da Noruega terem dito a Moratti que haviam sido assediadas por ele. (ANSA)