O sargento Roberto Lopez Martinez, apontado como um dos maiores matadores da Rota (Ronda Ostensivas Tobias de Aguiar), unidade de elite da Polícia Militar de São Paulo, ostenta nas redes sociais uma espécie de “lista da morte” de suas vítimas. As informações são do colunista Josmar Jozino, do Uol.

Expulso da corporação e acusado por ao menos 45 homicídios, o sargento ainda é reverenciado e chamado de herói por admiradores em um de seus perfis no Facebook. Foi nessa rede social que ele postou “a lista da morte”.

A relação tem três páginas. Há datas de 72 audiências judiciais e números de processos aos quais o sargento respondeu no período de 25 de junho de 1986 a 7 de abril de 1995, pelas mortes de civis quando ele atuava na Rota. De acordo com o Uol, a lista traz ainda os locais onde aconteceram os homicídios. Na primeira coluna das páginas, do lado esquerdo, aparece em cada uma das linhas o número de mortos em determinada ocorrência.

Protagonista no caso Rota 66

O sargento Martinez, como era conhecido na Rota, foi processado por envolvimento no caso Rota 66. Nesse caso, três jovens foram executados por policiais nos Jardins, na zona sul, em abril de 1975, após tentar furtar um toca-fitas de um veículo. A investigação da época inocentou Martinez e seus colegas de viatura. Mais tarde, o então secretário da Segurança, Erasmo Dias, revelou que os policiais modificaram a cena do crime e simularam um confronto.

No ano passado, quando o caso Rota 66 completou mais um ano, o sargento comentou o caso em um de seus três perfis no Facebook. “Em 23 de abril de 1975, ou seja, há exatos 44 anos, eu segurei um dos maiores pepinos da Polícia Militar. E seguro até hoje”, escreveu.

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No mesmo perfil, ele recebe elogios: “Você é o ícone da Segurança Pública”, “Fez a diferença entre bandido e mocinho”, “Símbolo de honra” são alguns comentários. Um admirador posta que batizou o filho com nome de Martinez em homenagem ao sargento.