Um tribunal sul-africano permitiu nesta terça-feira (9) ao ex-presidente Jacob Zuma se apresentar nas eleições de maio, anulando uma decisão da Comissão que o vetou devido a uma condenação.

“A decisão da Comissão Eleitoral fica anulada”, escreveu o tribunal eleitoral em uma decisão à qual a AFP teve acesso.

O ex-presidente Jacob Zuma apelou da decisão da Comissão Eleitoral de exclui-lo das eleições legislativas previstas para a África do Sul no fim de maio, argumentando que a condenação da qual foi alvo foi em uma jurisdição civil e não penal.

Zuma “não foi acusado penalmente e não é objeto de um procedimento penal”, argumentou no recurso o partido radical, Umkhonto We Sizwe, pelo qual ele deve se candidatar.

Aos 81 anos, ele é um antigo pilar do Congresso Nacional Africano (CNA), que está no poder desde o final do apartheid, e cujo governo ficou manchado por acusações de corrupção.

Por fim, viu-se obrigado a renunciar em 2018, em meio a escândalos, após perder o apoio de seu partido e quer participar das eleições pela formação opositora Umkhonto We Sizwe (MK).

As eleições se anunciam como tensas, já que o CNA pode obter pela primeira vez desde o fim do Apartheid menos de 50% dos votos, o que o obrigaria a formar uma coalizão para se manter no poder.

Os sul-africanos vão às urnas para eleger um novo Parlamento, que é quem escolhe o presidente.

Nesse contexto, o fato de que Zuma concorra às eleições é crucial, especialmente em distritos como a região KwaZulu-Natal, de onde o político é originário.

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