ROMA, 1 MAR (ANSA) – O ex-presidente do Barcelona Josep María Bartomeu, o ex-assessor presidencial Jaume Massafer, o diretor-geral e CEO do clube, Óscar Grau, e o diretor jurídico, Romo Gómez Ponti, foram presos nesta segunda-feira (1º) em uma operação chamada de “BarçaGate” da Mossos d’Esquadra.

Os agentes também foram à sede do clube catalão onde apreenderam documentos. A operação investiga o pagamento de uma empresa de marketing para difamar jogadores e ex-diretores do clube, em um contrato que teria um valor seis vezes maior do que a média do contrato para publicidade nas redes sociais.

O Tribunal de Justiça da Catalunha autorizou a ação, mas segundo o jornal “El País” a prisão foi realizada pelos policiais. Com isso, todos devem aguardar o julgamento em liberdade em breve.

Em nota oficial, o Barcelona confirmou a operação na sede do clube e informou que “ofereceu sua plena colaboração à autoridade judicial e policial para esclarecer os fatos que são objeto dessa investigação”.

“A informação e a documentação requeridas pela polícia judicial ficaram circunscritas, estritamente, aos fatos relativos a esse caso. O FC Barcelona expressa seu máximo respeito pelo procedimento judicial em curso, e pelo princípio de presunção de inocência das pessoas afetadas no âmbito dessas ações”, finaliza a nota.

As prisões ocorrem a menos de uma semana das novas eleições do clube catalão.

O “BarçaGate” começou em fevereiro do ano passado quando a rádio “Cadena SER” publicou que o clube havia contratado uma empresa para “melhorar” a imagem de Bartomeu nas redes sociais e revelou que a companhia era dona de contas que difamavam alguns dos principais atletas do time, como Lionel Messi e Gerard Piqué, além do ex-técnico Pep Guardiola, entre outros.

As revelações, apesar de terem sido negadas publicamente pelos envolvidos, acabaram criando uma crise institucional no Barcelona, provocando os primeiros pedidos de renúncia de Bartomeu por parte da torcida. A matéria também acabou provocando a renúncia de seis dirigentes e críticas públicas do próprio Messi, que ameaçou abandonar o time pelo qual jogou toda a sua carreira.

Em junho do ano passado, foi aberta a investigação formal sobre o caso e sobre as denúncias de desvio e de corrupção com o dinheiro do clube. Em outubro, Bartomeu cedeu à pressão e anunciou sua saída após seis anos de comando e nove meses antes das novas eleições. (ANSA).