Ex-presidente da Coreia do Sul é preso pela segunda vez

PEQUIM, 10 JUL (ANSA) – O ex-presidente da Coreia do Sul Yoon Suk-yeol voltou a ser preso nesta quinta-feira (10) sob a acusação de “risco de destruição de provas”. A detenção decorre de uma investigação independente sobre sua tentativa de impor lei marcial no país em dezembro passado.   

A detenção foi realizada depois que o Tribunal Distrital Central de Seul aprovar um mandado de prisão para Yoon, alegando “risco de destruição de provas”. A investigação independente do caso teve início após a posse do presidente Lee Jae-myung no início de junho, quando foram nomeados promotores especiais que iniciaram uma investigação sem relação com o governo.   

De acordo com a imprensa local, Yoon teria ordenado em outubro de 2024 que o exército de Seul lançasse drones contra a Coreia do Norte. O episódio de um ataque no exterior seria parte de seu plano para justificar a imposição da lei marcial no país.   

No entanto, o bombardeio contra o vizinho não ocorreu, ainda que o então mandatário tenha tentado impor a lei citada em dezembro.   

Após ser detido em 15 de janeiro, acusado de insurreição, Yoon conseguiu a liberdade em 8 de março depois que promotores desistiram de recorrer de uma decisão judicial que suspendeu o mandado de prisão em seu nome.   

Em abril, o Tribunal Constitucional da Coreia do Sul confirmou o impeachment do ex-presidente por tentativa de decretar a lei marcial no país. Com a decisão, o político tornou-se o primeiro chefe de Estado em exercício a ser destituído do cargo em meio à tentativa de restringir direitos civis e fechar o Parlamento. (ANSA).