O paraguaio Juan Ángel Napout, ex-presidente da Conmebol, condenado por um júri de Nova York por aceitar subornos milionários no âmbito do escândalo de corrupção da FIFA, conhecerá nesta quarta-feira sua sentença.

Após dois anos em prisão domiciliar na Flórida e um julgamento de sete semanas em Nova York, Napout, 60 anos, foi considerado culpado em 22 de dezembro de três das cinco acusações enfrentava: conspiração para delinquir como parte de uma organização criminosa e conspiração para cometer fraude bancário na Copa América e na Copa Libertadores. Foi absolvido das duas acusações de lavagem de dinheiro nos dois torneios.

A Promotoria deseja uma pena de 20 anos de prisão para Napout, enquanto a defesa solicia a libertação imediata.

Os investigadores americanos afirmam que entre 2010 e 2015 o ex-vice-presidente da Fifa, também ex-presidente da Associação de Futebol do Paraguai, recebeu 3,37 milhões de dólares em suborno e aceitou receber outros 20 milhões em troca da concessão de contratos de TV e marketing de vários torneios.

“A única conclusão a que alguém pode chegar é que Napout, um homem de enorme riqueza, poder e influência, atuou por pura ganância”, afirmou a Promotoria em um documento enviado esta semana à juíza Pamela Chen, que deve definir a sentença.

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