O ex-presidente argentino Alberto Fernández negou por mensagens as acusações de agressão feitas pela sua ex-companheira, Fabíola Yáñez. As declarações do ex-chefe de estado foram repercutidas pelo ativista Luis D’Elia em sua conta no X (antigo Twitter), nesta sexta-feira, 9. O homem alegou ter recebido o contato do político após uma postagem o criticando.

A denúncia contra Fernández ocorreu na terça-feira, 6, e imagens de Fabíola Yáñez com hematomas no rosto e no braço foram divulgadas pela imprensa argentina dois dias depois. “Lamento que acredite que eu sou capaz de fazer algo assim. Ao menos me escute”, declarou o ex-presidente.

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A mensagem do ex-presidente foi recebida por D’Elia após ele fazer uma publicação com críticas ao político. “Se Alberto Fernández tem um pouco de dignidade, deve se trancar em seu quarto, escrever uma carta pedindo perdão a Fabíola, aos seus filhos, a seus companheiros e ao povo argentino, e dar um tiro na própria cabeça”, afirmou o ativista.

Posteriormente, ao receber as mensagens, D’Elia alegou que não respondeu a tentativa de contato do ex-presidente.

Confira o post de D’Elia:

Denúncia de agressão

A ex-primeira-dama decidiu denunciar o ex-marido após a mídia argentina divulgar supostas mensagens trocadas entre Fabiola e a secretária do ex-presidente María Cantero, nas quais ela relatava as agressões sofridas.

Algumas das fotos divulgadas pelo portal Infobae seriam de uma agressão ocorrida em agosto de 2021. Nas imagens, Fabiola aparece com o olho e o braço roxos. Segundo o jornal, as imagens foram mandadas pela ex-primeira-dama para o então marido.

“Isso não funciona assim, você me bate toda hora. É incomum. Não posso deixar você fazer isso comigo quando eu não fiz nada com você. E tudo que tento fazer com a mente focada é defender você e você me bater fisicamente. Não há explicação”, diz a mensagem enviada por Fabiola com as fotos.

Em resposta, Fernández teria pedido para que o casal parasse de discutir.

Após decidir denunciar o ex-marido, o juiz Julián Ercolini proibiu o ex-presidente de deixar o país e também ordenou “medidas de restrição e proteção” contra ele.

O ex-presidente afirmou em um comunicado em sua conta na rede social X que “a verdade dos fatos é outra” e que “é falso e jamais ocorreu” o que lhe é imputado.

Fernández também disse que pela “integridade” de seus filhos, de sua pessoa e “da própria Fabiola” não fará declarações midiáticas e apenas fornecerá “provas e depoimentos que deixarão em evidência o que realmente aconteceu”.

Yáñez e Fernández, que foram casados durante todo o mandato deste último e tiveram um filho em 2022 chamado Francisco, estão atualmente separados. Yáñez vive em Madri com o filho, enquanto Fernández mora em Buenos Aires.

Durante o governo Fernández, Yáñez foi titular da Fundação Banco Nación e não teve papel protagonismo na mídia, da qual fez parte antes de se tornar primeira-dama, quando atuou como jornalista em diversos programas de televisão.